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RS não terá leite para suprir expansão industrial em 2008

O estado teria de agregar 2,2 milhões de litros por dia de produção dentro de um ano


A produção gaúcha de leite não será capaz de suprir a demanda que começará a surgir em 2008 devido à instalação de novos laticínios e ampliação de unidades já existentes. O Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) estima que o estado teria de agregar 2,2 milhões de litros por dia de produção dentro de um ano, 34% mais em relação à média de 2006.

"Não existem condições de aumentar a produção em prazo tão curto. Haverá ociosidade", afirma o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Ele considera o início da operação das primeiras fases das plantas da CCGL (Cruz Alta), Nestlé (Palmeira das Missões), da Italac, (Passo Fundo), além da ampliação da Corlac (Erechim). Quando todas estiverem produzindo a pleno, dobrará a necessidade de captação de leite.

"Temos um rebanho de 1,2 milhão de vacas. Seriam necessárias entre 150 mil e 200 mil vacas a mais", diz Palharini. Para ele, o crescimento vegetativo do rebanho e a importação de animais dos países do Prata não será suficiente para a nova demanda. "O Uruguai e a Argentina também não têm animais disponíveis", diz. Segundo informa, a produção de leite no Rio Grande do Sul cresceu entre 8% e 10% nos últimos anos, acima da média nacional. Mesmo assim, o ritmo foi insuficiente para a nova demanda.

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