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RT-PCR no solo? Entenda

Startup usa técnica para identificar atividade de enzimas, assim como é feito no teste para coronavírus


Foto: Marcel Oliveira

Virá do solo — e da saúde da área que abriga a lavoura — a próxima revolução da agricultura. Uma terra fértil conta com grande variedade de micro-organismos, que contribuem para estruturação e proteção da planta, retenção de água, reciclagem de nutrientes, promoção do crescimento vegetal e degradação de materiais orgânicos, por exemplo. E, quanto mais diversificado for esse microambiente, mais rico e saudável será o solo. Com esse foco, foi criada a agrotech ConnectBio.

De acordo com as informações divulgadas pela assessoria de imprensa, uma das técnicas utilizadas pela empresa se assemelha ao teste de RT- PCR. Assim como o exame identifica se  o coronavírus está ativo no corpo de uma pessoa, as análises da ConnectBio vão indicar se as enzimas produzidas pelos microrganismos estão ativas (ou não) no solo.

Dessa forma, será possível identificar a diversidade existente nesse microambiente e oferecer soluções para preservar a saúde da terra e utilizar os melhores produtos para correção. “Vamos traçar um verdadeiro DNA do solo, a partir das análises enzimáticas e dos micro-organismos presentes na área”, explica o CEO Rodrigo Dias.

Para a execução das análises, a ConnectBio atua em conjunto com a Central Analítica da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Buscando detectar com exatidão as diferenças de solos não percebidas em análises convencionais, surgiu o estudo das atividades enzimáticas. Essas avaliações ajudam a estabelecer, por exemplo, o volume de fertilizantes necessários e a planta de cobertura mais adequada para uma determinada área.

Segundo o CEO, diante da crescente demanda por alimentos — e onde o Brasil é visto como celeiro do mundo —, ter um solo com a nutrição adequada é fundamental para que a produção agrícola tenha índices cada vez melhores. A partir da análise de 15 enzimas, será possível estabelecer as necessidades de cada área e quais as necessidades para aquele determinado solo. “Saber preservar o solo e melhorar sua forma de uso é o caminho para termos um agro ainda mais produtivo e sustentável”, avalia.

A ConnectBio possui uma parceria estratégica com a ConnectFarm — startup que integra tecnologia e fatores de produção, fazendo análises das áreas a partir do Índice de Gestão Ambiental (IGA). Baseada em um algoritmo que insere atributos do solo, das plantas e do ambiente, a solução permite recomendações assertivas para as propriedades. “Chegaremos a um resultado ainda mais completo, que o produtor nunca viu. Estamos trabalhando em uma nova frente com enorme potencial para ampliar a produção no campo”, afirma Dias.

*informações são da assessoria de imprensa.
 

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