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Ruralistas vão promover "cerco jurídico" para conter invasões

Fazendeiros decidiram intensificar ações na Justiça para inibir invasões de terra


Fazendeiros decidiram intensificar ações na Justiça para inibir invasões de terra, após o movimento da última semana no interior de São Paulo. Liderado pela UDR (União Democrática Ruralista), o movimento é chamado de "cerco jurídico ao crime no campo": "Como vivemos num Estado de Direito, vamos insistir na Justiça como forma de coibir [invasões]. Não daremos trégua ao criminoso", disse o presidente da UDR (União Democrática Ruralista), Luiz Antônio Nabhan Garcia, 46.

Segundo ele, a tática ruralista judicial baseia-se em dois pontos: insistir nos pedidos de liminares de reintegração de posse com solicitação de interdito proibitório das áreas -um pedido para que a Justiça determine a proibição da invasão na área, sob pena de crime de desobediência à ordem judicial.

O segundo é identificar e responsabilizar lideranças civil e criminalmente pelas invasões, para facilitar condenações por formação de quadrilha, furto qualificado e incêndio criminoso, crimes pelos quais alguns sem-terra são condenados.

O "cerco jurídico" foi discutido após as ações do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) de José Rainha Jr. e sindicatos ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores), que em uma semana invadiram 14 fazendas no oeste e noroeste do Estado.

Até a tarde de ontem três áreas continuavam invadidas: duas no Pontal do Paranapanema (fazenda Guarani, em Presidente Bernardes, e Beira-Rio, em Teodoro Sampaio) e uma no noroeste do Estado (fazenda Floresta, em Araçatuba).

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