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Rússia é oportunidade para agronegócio brasileiro

Carne bovina: principal item importado pela Rússia



Carnes, lácteos e frutas são oportunidades crescentes em 2014, segundo CNAA Rússia é, hoje, o mercado mais promissor para o agronegócio brasileiro. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) destaca que, de janeiro a julho deste ano, as exportações dos nossos produtos agropecuários com destino à Rússia cresceram 24,9% em relação ao mesmo período de 2013.

No ano passado, os russos compraram US$ 40 bilhões em alimentos, consolidando o País como o quinto maior importador mundial agrícola. Este mercado consumidor vem apresentando crescimento médio anual de 4,9% desde 2008.

Cerca de um terço de todos os alimentos consumidos na Rússia são importados, mas a participação do Brasil neste imenso mercado ainda é muito pequena. Em 2013, somente 7% do total de importações agropecuárias da Rússia foram provenientes do Brasil, somando US$ 2,8 bilhões.

Embora seja pouco, este montante representou quase 95% do total exportado para os russos no ano passado: US$ 2,9 bilhões. A carne bovina congelada foi o principal item da pauta de exportações, somando 36% do total exportado. Em segundo lugar, veio o açúcar, com 22%, seguido da carne suína congelada, com 14%.

A importância do mercado russo para o agronegócio brasileiro é crescente. Se, em 2013, a Rússia foi o sexto principal destino dos produtos do setor, no primeiro semestre deste ano, subiu para o quarto lugar, atrás da China, Estados Unidos e Países Baixos.

A partir de 7 de agosto de 2014 e pelo prazo de um ano, a Rússia embargou os seguintes produtos alimentícios originários da União Europeu, EUA, Austrália, Canadá e Noruega: carne bovina fresca, resfriada ou congelada; carne suína fresca, resfriada ou congelada; carne e subprodutos de frango frescos, refrigerados ou congelados; frutas e castanhas; embutidos e preparações alimentícias à base de carnes, miudezas ou sangue; e produtos lácteos à base de gordura animal ou vegetal.

Com o embargo, ficou interrompido o fornecimento de produtos lácteos no valor de US$ 1,9 bilhão, além do equivalente a US$ 1 bilhão em carnes, US$ 1,7 bilhão em frutas e US$ 400 milhões em leguminosas. Tendo em vista a lista de produtos afetados, a fruticultura brasileira tem na Rússia o seu mercado mais promissor.

A final, aquele país consumiu, só no ano passado, 10,8 milhões de toneladas de frutas. Mais da metade – 58,5% – foi importada, sendo 14,8% originários de países hoje embargados. Isso significa que os fruticultores do Brasil têm a oportunidade de suprir, nos próximos 12 meses, a carência do mercado russo, estimada em 1,6 milhão de toneladas do produto. Para se ter uma ideia do mercado potencial que se abre para o Brasil, o volume total das exportações de frutas no ano passado foi de 743 mil toneladas.

O Brasil ainda possui a vantagem tarifária concedida pela União Aduaneira formada pela Rússia, Belarus e Cazaquistão, por meio do Sistema Geral de Preferências. Todos os produtos alimentícios mencionados aqui contam com a redução de 25% da tarifa alfandegária, normalmente aplicada aos países desenvolvidos.

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