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Rússia suspende embargo à carne oriunda de Antonina

As autoridades russas suspenderam as restrições que não permitiam o embarque de carnes destinadas ao mercado da Rússia pelo porto de Antonina


As autoridades russas suspenderam nesta sexta-feira (19-10) as restrições que não permitiam o embarque de carnes destinadas ao mercado da Rússia pelo porto de Antonina. As restrições estavam em vigor há dois anos quando o Paraná declarou a suspeita da existência de focos de febre aftosa no Estado. Desde então os embarques de carnes para a Rússia só poderiam ser feitos em contêineres fechados, operação viável somente para grandes empresas e mesmo assim com custo operacional elevado. Além disso, a medida colocava em risco os empregos criados no porto.

A suspensão das restrições foi comunicada nesta sexta-feira (19-10), por telefone, ao secretário nacional de Defesa Agropecuária, Inácio Afonso Kroetz, que está na Alemanha em negociações em torno das exportações de carnes brasileiras para a União Européia (UE). O porto de Antonina era o principal exportador de carne paranaense para a Rússia.

Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, essa decisão representa mais um passo do Paraná no restabelecimento da normalidade das exportações de carnes do Paraná para a Europa. “A iniciativa da Rússia significa o reconhecimento de que o serviço de controle sanitário animal exercido no Estado está sendo levado a sério”, disse.

Segundo Bianchini, o resultado da visita da comissária da UE Marianne Fischer Böel ao Paraná, na região dos Campos Gerais na quinta-feira (18-10) já sinaliza um indicativo da flexibilização do organismo internacional em relação às importações de carnes paranaenses. Ela verificou in loco os avanços do controle sanitário animal que vem ocorrendo no Estado.

De acordo com Silma Bürer, diretor do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária da Secretaria, o Governo do Estado assumiu despesas no valor de R$ 14 milhões anuais somente para a Defesa Sanitária Animal. São cerca de R$ 1,2 milhão a R$ 1,3 milhão mensais investidos em despesas com salários de técnicos, combustíveis, manutenção de frota, insumos e equipamentos para laboratórios. Além desses recursos, o governo federal está repassando ao Estado mais R$ 5 milhões este ano para reforçar os investimentos totalizando R$ 22 milhões aplicados em controle sanitário animal.

Negociações:

Para Afonso Kroetz, a decisão russa representa o reconhecimento de que as exportações de carnes pelo Paraná não oferecem risco sanitário e portanto as atividades podem ser retomadas em condições de segurança. “Estamos negociando com os técnicos russos a retomada da normalidade das exportações de carnes pelo porto de Antonina desde junho e finalmente eles se sensibilizaram com as nossas argumentações”, declarou.

Kroetz ressaltou que a decisão russa sinaliza a confiança dos mercados em relação ao progresso do controle sanitário exercido no Estado.

Para Bürer, a medida adotada pela Rússia sinaliza que o serviço veterinário daquele País reconheceu os avanços do serviço de sanidade animal do Paraná e por isso está aceitando que os embarques de carnes pelo porto de Antonina, que podem ocorrer também em cargas menores e não mais em grandes volumes acondicionados em contêineres fechados como ocorria antes. As informações são do governo do Estado do Paraná.

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