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Safra 2011/12: Contratações aumentam 46%

De julho a dezembro foram aplicados RS 2,09 bi


De acordo com dados da Superintendência do Banco do Brasil no MT, de julho a dezembro foram aplicados R$ 2,09 bi

O saldo parcial das aplicações de crédito rural do Banco do Brasil, em Mato Grosso, aumentou 46% de julho a dezembro 2011 ante igual período de 2010. Desde o início do Plano Safra (2011/12), em 1° de julho até 31 de dezembro, foram contratados R$ 2,09 bilhões contra R$ 1,43 bilhão.


Considerando que o ciclo atual só se encerra em junho deste ano – seguindo o calendário agropecuário – o Banco se aproxima em um período de seis meses da meta de desembolsar R$ 2,8 bilhões. No ano passado, quando os recursos do Banco do Brasil foram anunciados, a promessa foi de celeridade às análises das propostas de financiamento para uma rápida liberação e de esforço para suplementar os recursos iniciais se houver demanda no Estado.

Como explica o gerente de mercado de Agronegócio do Banco, Anderson Scorsafava, as cifras liberadas correspondem a tudo que foi demandado para a agropecuária nas modalidades empresarial, familiar e pré-custeio. “É um número excelente e ele reflete bons cenários extra e intrabanco”. O mercado de commodities apresentou boa performance de preços e demandas nos últimos dois anos, especialmente em 2011. “Com safra cheia e boas cotações, o produtor investiu mais na atividade. Fora isso, houve toda uma preocupação do Banco em fazer com que os recursos chegassem no momento em que de fato o produtor precisa e então houve investimentos do BB na ampliação da carteira Privat destinada ao atendimento de grandes produtores. Isso liberou as agências para que o médio e o pequeno tivessem um melhor atendimento. Falando em atendimento, capacitamos as pessoas responsáveis e ampliamos as redes físicas”.

Scorsafava completa ainda que o próprio mercado favorável permitiu negociações de dívidas, “o que amplia a capacidade de tomada de novos financiamentos pelo produtor”, surgimento de novas linhas de crédito e a interação entre Banco e as entidades rurais do Estado (Ampa, Aprosoja/MT, Famato, Acrimat, Aprosmat e Secretaria de Estado Desenvolvimento Rural). “Foi o trabalho em conjunto que nos levou a números tão positivos. A partir do momento que nos inserimos no meio das entidades podemos perceber com mais rapidez as necessidades e assim atender a cada uma delas. Em resumo, a parceria fez a diferença porque sozinho ninguém faz nada”.

EXTRATO – Na safra 2009/10, foram aplicados em crédito rural R$ 2,13 bilhões e na safra 2010/11, R$ 2,45 bilhões. “O volume liberado em seis meses, não apenas se aproxima da meta de R$ 2,8 bilhões, como também equivale a quase todo investimento da safra passada”.

De julho a dezembro do ano passado foram demandados pelo segmento agroempresarial, R$ 887,09 milhões para custeio, R$ 379,05 milhões para investimentos e R$ 257,19 milhões para comercialização. Em 2010 foram R$ 716,17 milhões para custeio, R$ 191,87 milhões para investimentos e R$ 122,20 milhões para comercialização.


No segmento familiar foram destinados ao custeio R$ 58,8 milhões e aos investimentos R$ 100,9 milhões. Em 2010 foram R$ 45,35 milhões para custeio e R$ 98,33 milhões para investimentos.

O gerente acredita que a forte demanda por recursos se manterá no decorrer do primeiro semestre, mesmo sendo o último semestre do ano o de maior necessidade no campo. “Como a meta de atender o produtor no momento que precisa, estaremos até março abrindo a linha de financiamento de pré-custeio para a safra 2012/13”. Outro fator que deverá manter o ritmo de contratações são as novidades de enquadramento do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) que ampliou a receita bruta dos beneficiários, tornando a linha mais atrativa. “Alem disso, se o novo Código Florestal for aprovado em março, conforme a expectativa, haverá mais demandas para o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que apóia projetos que visam à redução das emissões de carbono como também do desmatamento”.

ACC – O volume de contratações do Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) - uma antecipação de recursos em moeda nacional (R$) ao exportador, por conta de uma exportação a ser realizada no futuro – recuou em Mato Grosso. No ano passado foram contratados US$ 127,3 milhões ante US$ 170 milhões em 2010.

De acordo com o gerente de Negócios Internacionais da Superintendência, Carlos Alberto Callejas, a redução se dá por vários fatores. “Muitas empresas que atuam em Mato Grosso têm sede em grandes centros e lá centralizam as operações financeiras. Outro fator foi a saída de grandes madeireiras do mercado, após a crise de 2006, segmento que utilizava bastante o ACC. Houve também a oferta de novos produtos que ficaram equivalentes e até complementares, mas com maiores prazos. O ACC tem como limite até 360 dias de prazo”.
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