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Safra de arroz registra queda de até 20%

A safra do ano passado foi considerada uma das melhores


Apesar de balanço da safra de arroz ainda não ter sido fechado oficialmente, é possível afirmar que nesta safra os produtores do Sul catarinense registraram queda na produção. Produtores do grão sofreram com a estiagem, excesso de chuvas e o granizo durante os meses de reprodução e desenvolvimento do arroz. De acordo com engenheiro agrônomo da Epagri, responsável pelo Projeto Arroz na região, Renê Kleveston, a queda geral, que inclui os municípios da Região Carbonífera, Vale do Araranguá e da Associação de Municípios da Região de Laguna (Amurel) deve ser de aproximadamente 20%.

“Faremos uma reunião no dia 23 de maio onde teremos os dados finais da safra de 2013. Cada município deverá preencher um formulário para podermos fazer a avaliação conclusiva, mas pelo que acompanhamos a queda deste ano será bastante significativa”, adianta Kleveston. A safra do ano passado foi considerada uma das melhores dos últimos anos e, praticamente, não houve baixa produção, ao contrário, deste ano, que registrou uma grande variabilidade. “Algumas propriedades colheram produções insignificantes, já outras foram normais”, observa o engenheiro agrônomo.

Maior produtor também é afetado

O município de Forquilhinha, que está entre os quatro maiores produtores do estado, juntamente com Meleiro, Nova Veneza e Turvo, diminuiu de 12% a 13% a fabricação.

A produtividade do ano passado que ficou em 145 sacas por hectare deverá contabilizar 20 sacas a menos. “Duas ocorrências de granizo no mês de fevereiro e a estiagem foram os fatores responsáveis. Das 1,5 milhão de sacas do ano passado teremos em 2013 algo em torno de 1,3 milhão. Toda essa perda sai do lucro dos produtores porque o custo dos agricultores já foi aplicado”, explica o economista da Epagri de Forquilhinha, Joelcy Lanzarini. Forquilhinha possui aproximadamente 350 produtores e 10 mil hectares de área de plantio.

Em Nova Veneza, mais de dez comunidades também foram atingidas pelas intempéries. “Houve períodos de grande intensidade de chuvas no mês de fevereiro que provocaram doenças no grão”, conta o engenheiro agrônomo da Epagri de Nova Veneza, Donato Lucietti. A cidade de Nova Veneza possui 500 produtores e 7,8 mil hectares destinados ao grão.

A Região Carbonífera e o Extremo Sul possuem 21 mil e 52 mil hectares de área destinada ao cultivo de arroz.

Queda também no estado gaúcho

Também por questões climáticas o Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do país, sofreu queda em sua produção, assim como demais cidades de Santa Catarina. Os dois estados juntos representam 70% da produção nacional. De acordo com Lanzarini, a queda na safra do estado vizinho contribuirá para manter o preço elevado na saca do grão até o final do ano. A saca de 50 quilogramas está variando entre R$ 32 a R$ 33 e poderá chegar até a R$ 40. “Com menos produto no mercado o preço se eleva, é a lei da oferta e da procura”, completa Lanzarini.

A reunião do próximo dia 23 de maio sobre o balanço da safra será realizada na sede da Epagri de Araranguá, das 14h às 17h. Além dos números, os problemas enfrentados durante o período serão discutidos.

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