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Safra de café deve atingir 49 milhões de sacas

O ciclo da cultura está em andamento, inclusive com início das operações de colheita


Foto: Pixabay

A safra de café está começando no Brasil, com início das operações em muitas regiões produtoras. Nesta temporada o país espera produzir 49 milhões de sacas de café beneficiado, uma redução de 22,6% em comparação à safra passada, que teve produção de 63,08 milhões de sacas, considerada recorde dentro da série histórica do grão. As projeções foram divulgadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta terça-feira (25), no 2º Levantamento da Safra 2021 de café.

A área estimada para esta produção também deve apresentar redução em relação a 2020 e atualmente está em 1,8 milhão de hectares, 3,2% menor que a temporada anterior. A produção do café arábica está estimada em 33,4 milhões de sacas, uma diminuição de 31,5% em comparação ao volume produzido na safra passada. Já a do conilon deve chegar a 15,4 milhões de sacas, um incremento de 7,9% em relação ao resultado obtido em 2020.

Entre os fatores para a redução está o efeito da bienalidade, ou seja, um ano a cultura produz um maior número de frutos, o que exige da planta mais nutrientes. Como consequência, no ano seguinte ela recompõe suas estruturas vegetais e reservas, reduzindo sua produção. 

Além disso os efeitos fisiológicos observados em diversas regiões produtoras neste ciclo, bem como as condições climáticas adversas registradas em muitas localidades, influenciaram diretamente nessa perspectiva. Essa influência se deu tanto na redução do rendimento médio como na diminuição da área em produção. Geralmente esta redução já ocorre nos ciclos de bienalidade negativa devido à necessidade de tratos culturais mais intensos nas lavouras para recuperar o potencial vegetativo das plantas.

Em Minas Gerais, maior produtor, a safra está estimada em 23,3 milhões de sacas, uma redução de 32,6% em comparação ao volume total colhido na safra anterior. O café mais produzido no estado é o arábica, que é mais influenciado pelos efeitos da bienalidade negativa.

No Espírito Santo, segundo maior, a estimativa de produção é de 13,63 milhões de sacas. São Paulo deve alcançar a produção de 4 milhões de sacas de café, indicando também uma redução em comparação ao resultado de 2020. Na Bahia a produção será de quase 4 milhões de sacas de café. Rondônia deverá produzir 2,2 milhões de sacas, enquanto o Paraná, 876 mil sacas de café beneficiado. Em seguida, vem o Rio de Janeiro, com 235 mil sacas, Goiás, com 212 mil sacas e Mato Grosso, com 199 mil sacas.
 

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