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Safra de café deve ficar entre 60 e 64 milhões de sacas

No Brasil, a preocupação do cafeicultor mudou um pouco da falta de chuvas para o custo de produção, principalmente a parte de fertilizantes que segue em elevação


Foto: Pixabay

Com o ano safra cafeeiro tendo começado em outubro na Colômbia, o mercado deve seguir atento ao desenvolvimento do clima na região já que a La Niña normalmente está associada a muita chuva no país, sobretudo em meio à perspectiva de balanço apertado de arábicas. O mesmo vale para o Vietnã, maior produtor de café robusta, cuja colheita começa neste mês, onde tem chovido bastante e há previsão de manutenção deste quadro até o final do mês.

No Brasil, a preocupação do cafeicultor mudou um pouco da falta de chuvas para o custo de produção, principalmente a parte de fertilizantes que segue em elevação. Somente nos últimos trinta dias as altas foram de 6% no potássio, 12% no MAP e 35% na uréia, em dólares.

Sob a ótica da demanda, o viés é positivo com o risco de novos lockdowns e consequentes contrações da atividade econômica em todo o mundo ficando  menores, o que favorecerá o consumo. 

Seguimos acreditando que o cenário é de bons preços, não necessariamente em contínua elevação sem que ocorram novas perdas de produção. E com os custos bem mais elevados sendo formados para a safra 2022/23 e a bebida hoje bem valorizada para as entregas do ano que vem, é importante se precaver e proteger as margens, o que hoje é viável deixando um resultado satisfatório.

Acreditamos que safra brasileira 2022/23 pode ficar entre 60 e 64 milhões de sacas, sendo 22 milhões de sacas de café conilon e 38 a 42 milhões de sacas de arábica, o que significa, tudo mais constante, um leve alívio no balanço global em relação a 2021/22aa.

dados da consultoria Agro do Itaú BBA.

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