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Safra de feijão é considerada positiva por agricultores catarinenses

Chuva parece não ter interferido na colheita e nem na qualidade


A chuva na época de plantio e de colheita do feijão parece não ter atrapalhado as colheitas do grão e nem interferido na qualidade. Os vendedores na feira livre de Criciúma afirmam que correram alguns riscos com o excesso de água “quando não devia”, mas nada que tivesse interferido no preço ou no sabor e tamanho de um dos alimentos mais populares na mesa do brasileiro. Em média, o quilo do feijão preto é vendido nos supermercados a R$ 2,20.

O agricultor José Sartor, 52 anos, planta, entre outras culturas, feijão orgânico. A colheita da safrinha de Verão atrasou em razão do excesso de chuva na Primavera, quando precisou ser adiado o plantio. “Com isso está atrasada também a minha colheita cerca de 15 dias. Era para colher no final de dezembro e só vou colher semana que vem, apesar de ter produto para oferecer. Também choveu demais quando eu deveria colher , o que atrapalhou e colocou em risco a plantação”, salienta Sartor.

Ele acrescenta que o volume de água em período de colheita ameaçou ocasionar o brotamento novamente. “ O clima está instável demais e isso desestimula o agricultor. Eu planto feijão orgânico para clientes conscientes, mas tenho vizinhos que não e estão desanimados, já fazendo testes para plantar soja como cultura substituta. O alto custo de produção e baixo preço de venda contribuem muito para isso. Eu não vou desistir por enquanto”, adiantou. Sartor vai colher nos próximos dias 35 sacas de feijão/hectare, em média, em sua propriedade na localidade de barracão, em Morro da Fumaça.

Precavido – Em Linha Vicentina, interior de Cocal do Sul, Volnei Menegon, 45 anos, adiantou-se no plantio e na colheita e por isso está tranquilo. Apesar de sua plantação não chegar a um hectare, está feliz com a safra, apesar de reconhecer que a chuva atrapalhou um pouco o desenvolvimento da planta. “Vou apostar na safrinha de Inverno, plantar mais cedo e aumentar a área plantada. A experiência dos vizinhos, que tiveram parte das lavouras apodrecidas e prejuízo me alertou”, planeja. O quilo do feijão é vendido por Menegon a R$ 4 o vermelho e R$ 2 o preto.

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