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Safra de milho preocupa produtores

Volume produzido baixará de 8,414 milhões de toneladas para 7,564 milhões


O cenário de incertezas e uma possível elevação nos preços do milho começam a preocupar os produtores rurais de Mato Grosso. O volume produzido baixará de 8,414 milhões de toneladas para 7,564 milhões. O principal motivo é a redução da área plantada, que cairá de 1,948 milhão de hectares para 1,752 milhão (ha), segundo estimativa o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Contudo, o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Gláuber Silveira, diz que os preços devem realmente subir, mas ainda é cedo para que seja feita uma projeção negativa para o milho de segunda safra (safrinha) no Estado. Segundo ele, com o que teve de chuva até o momento é espera que a produtividade desta safra seja semelhante a anterior.


O milho é considerado uma referência entre os cereais, já que além de servir para a alimentação humana, é base para a produção de proteína animal, compondo as rações de frangos, suínos e bovinos. Em comunicado divulgado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o especialista em cereais Abdolreza Abbassian, informou que de todos os cereais em alta de preços, o milho é o que mais preocupa. Segundo o comunicado, este ano necessitaríamos rendimentos acima da média, se não recorde, nos Estados Unidos.

De acordo com o especialista, o mercado do milho vive um período de tensão no âmbito produtivo, tanto em nível internacional como em nacional. Isso porque pelo lado externo registra-se um expressivo atraso nas operações de plantio nos Estados Unidos, que foram prejudicadas pelo clima frio e úmido e que marcou o início da safra 2011/12 no hemisfério Norte. Até 24 de abril, o plantio norte-americano de milho havia totalizado apenas 9% da área estimada, ante 46% semeados no mesmo período do ano passado. Com a janela de plantio tornando-se estreita, há dúvidas se os produtores norte-americanos conseguirão semear os 37,3 milhões de hectares planejados. Com os baixos níveis de estoques de milho nos Estados Unidos, obviamente que há uma preocupação em relação à oferta futura do grão.

Mato Grosso não registra chuvas há mais de 25 dias. O que pode representar que mais de 45% das lavouras de milho de Mato Grosso correm risco de perdas se mudança nas condições climáticas não acontecerem. Portanto, se não chover até o fim do mês a produtividade poderá ser prejudicada. Segundo o Imea, o atraso no plantio da safrinha de milho ocorreu por conta do atraso da colheita da soja, cujo cultivo já havia sido postergado. As chuvas que atingiram o Estado agravaram o quadro porque atrasaram ainda mais a colheita da oleaginosa.


Das 97 mil toneladas de milho ofertadas no leilão realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no dia 05/05, 85,4% foram comercializados (82,9 mil/t). O volume inicial era de 100 mil (t) mas um lote contendo 3 mil toneladas foi cancelado.

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