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Safra de verão deverá influenciar positivamente plantio do trigo no RS

Primeiro levantamento da FecoAgro/RS indica aumento na área do cereal


Primeiro levantamento da FecoAgro/RS indica aumento na área do cereal

A boa colheita da safra de verão deverá influenciar positivamente a lavoura de trigo que começa a ser plantada no Rio Grande do Sul. Animados com os resultados obtidos, principalmente na soja e no milho, os triticultores gaúchos estão dispostos a aumentar a área a ser plantada com o cereal. A previsão é de um incremento superior a 10%, ficando próximo a 900 mil hectares. Os dados fazem parte da primeira estimativa de custos e rentabilidade do trigo safra 2011 para o Rio Grande do Sul elaborada pela área técnica da FecoAgro/RS, com base nos preços dos insumos em abril de 2011.

De acordo com o estudo, o custo total de produção é de R$ 1.373,57 por hectare, considerando o uso de uma tecnologia média e uma produtividade de 40 sacas/ha. Neste cenário, com o valor do produto hoje em torno de R$ 25,00 a saca, o produtor de trigo do Estado necessitará colher 36,4 sacas por hectare para pagar os gastos variáveis de R$ 907,00 por hectare investidos na formação da lavoura.

No comparativo com a safra passada, o aumento dos custos (variáveis) foi de 4%. Apesar de o combustível ter subido 13% nos últimos 12 meses, os serviços 7%, o salário mínimo 6,8% e a inflação 6,5%, os custos totais tiveram impacto de 3,6%. Cabe lembrar que cada produtor tem seu custo diferenciado em função das tecnologias utilizadas e do grau de otimização das máquinas e implementos. Os preços mínimos, entretanto, não registraram aumento. Na safra 2011 a tabela do governo permanecerá em: trigo brando tipo 1 PH 78 R$ 23,81 a saca; trigo pão tipo 1 PH 78 R$ 28,62 a saca e melhorador tipo 1 PH 78 R$ 29,97 a saca. Os valores recebidos dependerão da classificação do grão no final da colheita.

Nos últimos 12 meses, as cotações do trigo no mercado externo tiveram elevações de 60%, no mercado nacional 15% e no Rio Grande do Sul na ordem de 12%. Portanto, o aquecimento externo não se refletiu em ganhos aos produtores gaúchos. Isso se deu em função de fatores como câmbio, logística e infraestrutura deficientes e paridade do trigo importado. A falta de liquidez na comercialização da safra tem sido uma das preocupações dos agricultores nas últimas safras.
 

As informações são da assessoria de imprensa da FecoAgro/RS.

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