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Safra de verão pode ser menor no Paraná

Primeiro levantamento da Conab aponta queda de 2,1% na produção agrícola de todo o País; seca atrasou plantio


Primeiro levantamento da Conab aponta queda de 2,1% na produção agrícola de todo o País; seca atrasou plantio

Curitiba - A produção de grãos no Brasil e no Paraná deverá ser menor na próxima safra. É o que indica a primeira estimativa para a safra de grãos 2010/11 da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab). O órgão está prevendo redução de 2,1% no volume de produção em todo o País, que deve cair de 148,82 milhões de toneladas para 146 milhões, uma queda de 2,2 milhões em relação à safra passada.

No Paraná, o atraso das chuvas retardou o início do plantio da nova safra, fato que pode alterar os números da área estimada, principalmente do milho da primeira safra, destacou a Conab.

Segundo o órgão, o prognóstico para os próximos três meses indica uma maior probabilidade das precipitações ocorrerem abaixo da média em boa parte da região Centro-Sul, situação que poderá prejudicar os cultivos de verão. Por influência do clima, não deve acontecer o aumento significativo da produtividade como ocorreu na safra anterior (2009/10).

Segundo a Conab, as precipitações ocorridas até agora beneficiaram as áreas já semeadas com feijão da primeira safra, trazendo a umidade necessária para o preparo do solo e plantio do restante das áreas do feijão das águas.

O Estado deve registrar crescimento na área plantada com feijão da primeira safra entre 2% a 6%, com o cultivo oscilando entre 328 a 341 mil hectares. Os bons preços na comercialização do grão têm influenciado positivamente na intenção de plantio da cultura. Até o final de setembro, a área plantada estava em torno de 19%, representando um pequeno atraso em relação à safra passada.

Apesar do crescimento de área, a produção paranaense de feijão está sendo projetada entre 475,6 a 494,3 mil toneladas, podendo ser inferior em até 2,8% ou crescer até 1% em relação à produção da última safra que foi 489,2 mil toneladas. A expectativa de uma produtividade normal para esta safra justifica este resultado uma vez que o rendimento da safra passada foi acima da média histórica, em função das condições climáticas favoráveis naquela safra.

Para o milho da primeira safra, a Conab está prevendo redução de safra principalmente em função dos baixos preços do grão na fase de comercialização, que desestimularam os produtores. A semeadura do milho da primeira safra está transcorrendo de forma mais lenta que na safra passada. No Paraná, os produtores tiveram que interromper a atividade por falta de umidade no solo. Depois com o retorno das chuvas, o plantio acelerou em praticamente todas as regiões do Estado.

A área plantada deve ser inferior à safra passada quando a cultura ocupou 894,1 mil hectares. Na safra 10/11, a Conab projeta um cultivo entre 751 a 778 mil toneladas, uma queda que poderá oscilar entre 13% e 16%.

Acompanhando a redução de área, a produção prevista de milho da primeira safra também será menor. A previsão aponta para um volume de 5,41 a 5,6 milhões de toneladas, inferior em 18,3% a 21,1% em relação à safra passada que foi de 6,86 milhões de toneladas. A Conab alerta que no desenvolvimento da safra o clima é um fator de difícil previsão, mas que pode influenciar na qualidade do produto a ser colhido.

Em relação ao plantio de soja, as primeiras chuvas ocorreram no final de setembro, situação que permitiu o início dos trabalhos de semeadura. Os produtores estão otimistas em relação ao mercado exportador e a intenção de plantio no Estado aponta para ligeiro crescimento, de 1% a 3% em relação à área ocupada com a cultura na safra passada.

A produção prevista, no entanto, poderá ser inferior em função da produtividade que por causa do clima tende a se manter estável ou até cair se confirmarem as previsões de escassez de chuvas durante o período de desenvolvimento. A Conab está prevendo uma produção de soja entre 13,79 milhões de toneladas a 14,06 milhões de toneladas, uma queda de 2% a 0,1% em relação à safra anterior que foi de 14,078 milhões de toneladas.

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