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Safra paranaense do Programa Milho e Feijão pode render R$ 120 milhões aos produtores de tabaco

O Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco apresentou nesta terça-feira os números da safrinha de grãos cultivados após a colheita do tabaco no Paraná.


Expectativa é que o cultivo de milho e feijão após a colheita do tabaco nos três estados sul-brasileiros gere R$ 650 milhões, com área de 152 mil hectares. No Paraná, os grãos foram cultivados em 27 mil hectares.

 

Maio 2016 - O Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) apresentou nesta terça-feira, 17 de maio, os números da safrinha de grãos cultivados após a colheita do tabaco no Paraná. O evento ocorreu em Ipiranga, na propriedade de Edenilson Scheifer, na Colônia Scheifer, com presença de representantes do governo do Estado, da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep), da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), prefeito, imprensa e produtores rurais.

 

Segundo pesquisa realizada pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), a safrinha paranaense teve o plantio de 18 mil hectares de milho e 9 mil hectares de feijão. No Paraná, com uma produtividade média do milho estimada em 6,1 toneladas por hectare, o resultado deverá chegar a 110 mil toneladas. Considerando o preço médio de R$ 615,00 por tonelada, o rendimento por hectare é estimado em R$ 3.754,00, e o total da safrinha de milho pode chegar a R$ 67 milhões. Em relação ao feijão, a produtividade projetada é de 2,2 toneladas por hectare, com safra de 21 mil toneladas. Ao preço médio de R$ 2.550,00 por tonelada, o rendimento médio esperado é de R$ 5.708,00 por hectare e o total da safra de feijão poderá chegar a aproximadamente R$ 52 milhões.

 

Para o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, o programa Milho e Feijão tomou forma com o tempo e proporcionou benefícios para os produtores: "O programa Milho e Feijão tem trinta anos de história e ficou mais encorpado, sendo difundido para todos os produtores. O Paraná poderá ter geração de renda de R$120 milhões de reais para os produtores. Dessa forma, consideramos os resultados obtidos positivos. "

 

O representante da FETAEP e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ipiranga, José Amauri Denck, ressaltou a importância do plantio de Milho e Feijão: " A FETAEP vê com bons olhos e apoiamos a continuidade do programa. "

 

O presidente do Sindicato de Irati, Mesaque Kcot Veres, reforçou seu apoio à iniciativa: "Temos a certeza de que esse plantio traz resultados positivos e temos que apoiar e incentivá-lo. "

 

O gerente da filial da Afubra em Imbituva, Lázaro Ramon Böck, colocou-se à disposição para auxiliar os produtores:  "Somos parceiros e buscamos divulgar sempre a importância da diversificação rural e seus benefícios. Estamos à disposição para auxiliar os produtores para o desenvolvimento de suas plantações de milho e feijão. "

 

O Secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Anacleto Ortigara comentou: "Essa iniciativa evita a erosão do solo e é uma atitude racional a utilização da resteva do tabaco para cobrir o solo e cultivar outras safras. "

 

O prefeito de Ipiranga, Roger Selski confirmou seu apoio: " Nós defendemos e defenderemos iniciativas como essa do SindiTabaco, que são benéficas para a economia do nosso município. "

 

REGIÃO SUL - Considerando as regiões produtoras de tabaco no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, foram cultivados 127 mil hectares de milho e 25 mil hectares de feijão, com expectativa de rendimento de R$ 520 milhões para o milho e R$ 130 milhões para o feijão. Nas regiões fumicultoras, os produtores praticam também outros cultivos pós-tabaco, com destaque para a soja e as pastagens para alimentação dos animais. O levantamento apontou que nos três estados sul-brasileiros, 68 mil hectares são utilizados para pastagens, sendo que 5 mil hectares são no Paraná.

 

SOBRE O PROGRAMA - Conduzido pelo SindiTabaco, o Programa Milho e Feijão foi criado para incentivar a diversificação e a otimização no aproveitamento dos recursos das propriedades rurais. No Paraná, são parceiros o governo do Estado, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep), a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). A ação reúne a estrutura de campo das empresas associadas ao SindiTabaco e das entidades apoiadoras, que divulgam as vantagens do plantio da safrinha e incentivam a prática de diversificação da propriedade.

 

BENEFÍCIOS PARA O PRODUTOR - O cultivo nas áreas onde foi colhido o tabaco reduz os custos de produção dos grãos, pois ocorre o aproveitamento residual dos fertilizantes aplicados. Consequentemente, pode haver redução de custo na produção de proteína (carne, leite e ovos), com a utilização do milho da safrinha e das pastagens no trato animal. Outros benefícios são a proteção do solo contra a erosão e a interrupção do ciclo de proliferação de pragas e ervas daninhas.

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