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Safrinha avança além do tempo

Parte do plantio tardio de milho, que começa sempre em janeiro, aconteceu por conta do atraso na colheita da soja


Durante quase todo o mês de março, uma cena inusitada aconteceu em várias regiões dos Estados de Mato Grosso e do Paraná. As plantadeiras, que deveriam ter parado no início do mês, continuavam jogando semente de milho na terra pronta para o plantio da segunda safra, ou safrinha.

Parte do plantio tardio de milho, que começa sempre em janeiro, aconteceu por conta do atraso na colheita da soja. Isso porque, no fim do ano passado, nesses dois Estados, o plantio de variedades precoces de soja ocorreu mais tarde que o habitual, em razão de um veranico inesperado para o período. “Por causa desse atraso, a segunda safra de milho é uma incógnita”, afirma Daniel Latorraca, superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). “Mas uma coisa é certa, a produção vai cair.”

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma produção de 62,1 milhões de toneladas em todo o País para a segunda safra, volume 7,8% abaixo do ciclo anterior. A área cultivada deve ficar em 11,4 milhões de hectares, 5,9% inferior. Incluindo o plantio de verão, o País deve produzir 87,3 milhões de toneladas na safra 2017/2018, volume 10,8% menor que na safra 2016/2017.

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