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Safrinha responde por 14% do milho no País

O milho safrinha já se tornou mais uma importante alternativa de receita para o agricultor brasileiro


O milho safrinha (inverno) já representa 14% da safra nacional e se tornou mais uma importante alternativa de receita para o agricultor, destacou o professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (Esalq/USP), Antônio Luiz Fancelli, de Piracicaba, durante palestra sobre as tecnologias para alta produtividade em milho safrinha, durante o 9º Encontro Tecnológico na Fazenda Semen Barra, na linha do Barreirão, em Dourados (MS).

A cultura do milho nas duas safras anuais vem sofrendo profundas modificações, principalmente no que se refere às estratégias de manejo e ao emprego de diferentes sistemas de produção para se obter maior eficiência e maior rentabilidade. Fancellli abordou sobre época de semeadura, adubação, desenvolvimento de raízes, híbridos, distribuição espacial das plantas, fitossanidade e plantas daninhas.

Na região de Dourados o plantio do milho de inverno se tornou nos últimos anos a segunda atividade econômica mais importante para os produtores, ficando atrás apenas da soja. Somente em Dourados, na safra de 2006 foram plantadas 75.000 hectares da safrinha. Na safra de verão, o milho ocupou apenas 2.000 hectares.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) prevê para o ano agrícola 2006/2007 no País, o plantio de 9,5 milhões de hectares de milho na safra de verão, com a colheita prevista de 32,9 milhões de toneladas, e de 3,2 milhões de hectares no inverno com uma produção de 9,9 milhões/t.

O encontro tecnológico reuniu nesta semana mais de 500 pessoas durante dois dias, quando agricultores, técnicos, pesquisadores e estudantes ouviram palestras com especialistas e conheceram novas cultivares de soja convencionais e transgênicas e de milho. O evento terminou nessa sexta-feira (19-01).

O pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), de Londrina, Rodolfo Bianco, apresentou a palestra "Manejo de pragas na cultura do milho", enfatizando a importância do monitoramento das lavouras para identificar a real necessidade de controle de pragas.

Chamou a atenção para o percevejo barriga-verde que ataca o milho logo na emergência (germinação), causando distúrbios fisiológicos devido à toxina que o inseto injeta na planta. "O tratamento de sementes com produtos específicos é preferencial às pulverizações porque estas não são seletivas e matam tanto as pragas como os inimigos naturais".

O evento foi realizado pela Semen Barra, Fundação Vegetal, Embrapa Agropecuária Oeste e Embrapa Escritório de Negócios de Dourados.

Soja

O pesquisador Marco Antônio Sedrez Rangel, da Embrapa de Dourados, falou sobre a semeadura antecipada da soja. Ele observou que, diante dos riscos com a atividade agrícola, saber lidar com as informações talvez seja a principal característica que o produtor deva desenvolver.

"Má distribuição de chuvas, aquecimento global, ferrugem, novas pragas, entre outros, constituem-se em preocupações para os sojicultores quanto ao seu futuro", afirmou.

Os materiais de unidades demonstrativas às novas cultivares de soja convencionais e transgênicas foram apresentados por Carlos Lázaro Pereira de Mello, da Embrapa Agropecuária Oeste; Paulo César Cardoso, da Fundação Vegetal; Sandra Maria da Silva, Luiz Fernando Mondini e Fabrício de Paula Gimenez, da Coodetec.

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