CI

Sagri discute novas tecnologias para a produção dos derivados do leite

O Estado apresenta uma clandestinidade comercial do produto que ultrapassa 60% daquilo que vem sendo produzido


A região Norte apresentou o maior índice de crescimento da produção leiteira em todo o país no período de 1980 a 2005, época em que a produção leiteira nacional praticamente dobrou. O crescimento, entretanto, não refletiu na melhoria da qualidade de vida do homem do campo que vive no Pará. O Estado apresenta uma clandestinidade comercial do produto que ultrapassa 60% daquilo que vem sendo produzido, fator que denota que o mercado deixa de empregar e recolher impostos e, ainda, coloca em risco a saúde dos consumidores de leite e derivados lácteos.

A produção dos derivados do leite no Pará estará em debate nos dias 3 e 4 de dezembro, período em que a Secretaria Estadual de Agricultura (Sagri) em conjunto com a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e apoio de outros parceiros realizará em Belém o I Workshop de Inovação Tecnológica na cadeia da produção artesanal de derivados lácteos do Estado do Pará. O evento será na sede na UFRA, na avenida Perimetral, nº 2501, bairro da Terra Firme.

É para debater esse cenário que se propõem os participantes do workshop, cujo objetivo é discutir os pontos cruciais da cadeia do leite e divulgar experiências exitosas realizadas nas regiões Sul e Sudeste do país, referentes essa área de produção leiteira.

Os organizadores do evento consideram que nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste são realizados investimentos estratégicos para tornar possível a transformação do leite em derivados lácteos artesanais. Todavia, na região Norte essas iniciativas praticamente inexistem. Como exemplo, eles citam o caso da produção de queijo do Marajó que, embora, seja tradicional no Estado do Pará, ainda convive com a clandestinidade, o que vem ocasionando a redução do número das unidades produtivas.

O engenheiro agrônomo Andreos Leite, da Gerência Executiva de Modernização e Produção Leiteira da Sagri, é um dos coordenadores do evento. Segundo ele, "em outras regiões do país, queijos artesanalmente produzidos (tipo Coalho e Minas) são mais valorizados a cada dia, estão na eminência de serem certificados nacionalmente e internacionalmente, ou seja, são alimentos que geram empregos, propiciam renda às famílias produtoras e, sobretudo, contribuem para a fixação do homem no campo, reduzindo graves problemas sociais nos meios urbanos, como é o caso da violência urbana em razão da falta de oportunidades de trabalho e remuneração", explica Andreos.

O encontro também será uma oportunidade para os organizadores divulgarem para o setor produtivo e para o meio acadêmico as ações técnico-científicas que vêm sendo implementadas na região Norte para impulsionar as iniciativas empreendedoras da produção artesanal de derivados lácteos.

Durante o workshop será mostrada a importância da produção artesanal de derivados lácteos para produtores dos queijos da Ilha do Marajó, assim como as ações que vem sendo efetuadas visando à melhoria da produção de derivados lácteos no sudeste paraense.

As propostas discutidas no evento servirão de base para um futuro Programa Estadual ou Regional voltado ao melhor aproveitamento dessa produção artesanal de produtos derivados do leite. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas na Sagri por meio do telefone (91) 4006-1262.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.