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Saiba como controlar a mosca das frutas, praga que causa apodrecimento dos frutos e inviabiliza o consumo

Controle químico da mosca das frutas é realizado com a aplicação de inseticidas em cobertura total


As moscas das frutas Anastrepha fraterculus e Ceratitis capitata afetam diretamente as laranjas e tangerinas devido à perfuração feita pela fêmea na casca ao colocar seus ovos, e ao desenvolvimento das larvas dentro do fruto, consumindo a polpa e provocando o apodrecimento interno, o que inviabiliza seu consumo.

Esses insetos podem viver no pomar por 25 a 35 dias no caso de A. fraterculus e, de 18 a 30 dias se for C. capitata (em locais com baixas temperaturas, o ciclo de vida é prolongado) e atacam principalmente as variedades Pera, Hamlin, Valência, Bahia, Natal, Ponkan e Murcott.

No fruto atacado por mosca das frutas ocorre a mudança de cor ao redor da perfuração, que fica marrom. Além disso, é possível ver o orifício por onde a larva sai de dentro do fruto. É comum que os citricultores confundam as lesões provocadas pela mosca das frutas com as de bicho furão. A principal diferença entre elas é que, após penetrar no fruto, o bicho furão libera excrementos e restos de alimentos para a parte externa, que endurecem na casca. Já o local atacado pela mosca fica mole e apodrecido.

O monitoramento da mosca das frutas é realizado por meio de armadilhas. O tipo mais utilizado é o frasco McPhail, feito de plástico ou vidro, para captura de machos e fêmeas. Dentro é colocado um atraente a base de proteína hidrolisada a 5%. As armadilhas devem ser presas em ramos de 1,60 a 1,80 metros de altura e instaladas a cada 50 metros um do outro, contornando toda a área produtora e também no interior do pomar.

Outro modelo de armadilha é a Jackson, de formato delta, dotado de base com cartão colante, mas diferente em relação ao atrativo. Neste caso, é utilizado o feromônio sexual trimedlure, específico para captura de machos de Ceratitis capitata.

O controle químico da mosca das frutas é realizado com a aplicação de inseticidas em cobertura total ou em iscas tóxicas. Elas são preparadas com adição de defensivos químicos a um atraente alimentar, muito parecido com o atrativo utilizado na armadilha McPhail. Devem ser colocadas em ruas alternadas, em apenas uma parte da copa das plantas, em torno de 1m², de preferência em folhagens, e serem renovadas a intervalos entre sete e dez dias. O controle deve ser iniciado quando for encontrada em média uma mosca por armadilha, por dia.

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