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SAIBA o que pode fazer o milho subir ainda mais

Previsões sempre foram de queda a curto prazo, mas, a médio e longo prazo começam a reverter para cima


Foto: Leonardo Gottems

De acordo com a TF Consultoria Agroeconômica, o mercado de milho “sobe de maio em diante”, mostrando possibilidade de escassez no período: “O mercado futuro do milho em São Paulo fechou em alta para todas as posições, exceto Março 21, que fechou em levíssima queda, mostrando a possibilidade de falta de produto a partir deste mês no próximo ano, diante da estiagem que assola muitos estados produtores no Brasil”.

Com isto, as cotações de janeiro avançaram R$ 0,01/saca para R$ 78,84; para março de 2021 recuaram mais R$ 0,01 para R$ 78,77 e avançaram R$ 0,39/saca para R$ 74,20 para maio. “Quem seguiu nossa orientação aumentou os ganhos para R$ 5,23/saca para março. Nossa insistência em observar e usar a cotação de março para fixar preço não é em vão: quem seguiu nossa orientação ganhou hoje mais R$ 0,01/saca, perfazendo R$ 5,23/saca ou R$ 2.353,50/contrato ou ainda 6,23% em apenas duas semanas, o que não é nada mau diante de uma Selic de 2% ao ano”, comentam os analistas de mercado.

O mercado pode reverter para cima? “Nossas previsões sempre foram de queda a curto prazo, mas, a médio e longo prazo começam a reverter para cima, diante dos problemas que ocorrem sobre a safra de verão no RS, Oeste de SC e do PR e que devem se agravar a partir de março, quando acabar o estoque curto da safra de verão nestes estados, que são grandes consumidores de milho. Para o primeiro semestre de 2021 os preços devem continuar muito firmes, no Brasil”, completa a TF.

FATORES DE ALTA

- Boa demanda externa: no seu relatório de novembro o USDA quase dobrou a sua estimativa de importação de milho pela China, passando de 7 para 13 milhões de toneladas para o ano comercial de 2020/21;

- Provável safra americana de milho menor: no mesmo relatório o USDA reduziu a sua estimativa da safra americana de milho de 2020/21 de 373,95 milhões de toneladas para 368,49 MT, queda de 10,54 milhões de toneladas, o que é bastante significativo;

- Provável quebra da safra de verão nos principais estados consumidores do Brasil. No seu levantamento de novembro a Conab estima uma redução de 2% na área plantada com milho no Brasil e reduziu em 0,3% a sua estimativa de produção em relação à estimativa de outubro, devido aos problemas climáticos em alguns dos principais estados produtores.

FATORES DE BAIXA

- Preços pararam de subir ao atingirem níveis semelhantes aos da importação, como mostram os gráficos do Cepea em Campinas e na B3 abaixo;

- Embora haja a continuação da forte demanda de exportação para 2021, o dólar deverá jogar contra, estando prevista queda dos atuais níveis de R$ 5,38 para R$ 4,10 dentro dos próximos 12 meses, justamente os de maior exportação de milho.

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