Saiba para as perspectivas para a soja

Olhando para frente, o nosso cenário base ainda sugere espaço limitado para grandes altas no terminal de Chicago diante da boa produção norte-americana na safra 2021/22 e também da perspectiva, até o momento, de boa safra na América do Sul. Ao olhar o balanço global, a relação estoque/uso projetada pelo USDA deve andar de lado em relação ao observado na safra 2020/21.

É válido destacar que as incertezas acerca da nova variante da Covid-19, a Ômicron, poderá seguir influenciando negativamente o mercado e, consequentemente, afetar as posições nas commodities agrícolas. No entanto, é importante ressaltar que os níveis estoques de passagem projetados deverão seguir baixos sob uma perspectiva histórica, o que indica que qualquer piora significativa das condições do desenvolvimento da lavoura na Argentina e no Brasil poderá ser gatilho para altas mais fortes.

Adicionalmente, apesar de o USDA ter revisado ligeiramente para baixo as projeções das importações chinesas no ano safra 2021/22, o que tem sido observado nas últimas semanas é uma aceleração da demanda do país tanto por soja dos Estados Unidos quanto pela brasileira. Tal fato pode ser justificado pela recuperação gradual das margens de esmagamento e também pela sempre presente preocupação com possíveis efeitos da pandemia sobre o fluxo global de produtos.

No Brasil, apesar do período de entressafra, a nossa visão é que os preços deverão seguir sem grandes aumentos diante da expectativa de início da colheita em janeiro e da redução da mistura de biodiesel, que poderá impactar negativamente os prêmios nos portos.

Os dados são do relatório da Consultoria Agro Itaú.