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Saldo da balança comercial do agronegócio cresce 11%

As projeções para este ano indicam que as exportações deverão chegar a US$ 48 bi


O saldo da balança comercial do agronegócio cresceu 11%, atingindo US$ 35,58 bilhões, de janeiro a outubro deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. “O saldo do agronegócio representa 94% do saldo total da balança comercial brasileira no período”, diz Antônio Donizeti Beraldo, assessor técnico da Comissão Nacional de Comércio Exterior da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Segundo ele, as projeções para este ano indicam que as exportações totais deverão chegar a US$ 48 bilhões, enquanto as importações atingem US$ 6,5 bilhões. O saldo ficará em US$ 41,5 bilhões, o que representa um aumento de 8% em relação a 2005.

Embora as exportações do complexo soja continuem liderando as exportações do agronegócio, o crescimento apresentado pelo setor foi relativamente pequeno, de 1,4%. De janeiro a outubro, as exportações evoluíram de US$ 8,18 bilhões, para US$ 8,29 bilhões. A causa deste aumento foi o incremento de 4,4% na quantidade exportada, uma vez que os preços estão 2,9% inferiores ao do mesmo período do ano passado.

Segundo Donizeti, “continua a tendência, já registrada nos últimos anos, de aumento das exportações de grãos e redução das exportações de farelo e óleo, devido basicamente às distorções tributárias verificadas no complexo”. Para 2006, as projeções indicam uma exportação total de US$ 9,23 bilhões de todo o complexo soja, valor 2,5% inferior ao valor exportado no ano passado, de US$ 9,47 bilhões.

O grande destaque positivo da balança do agronegócio é o setor sucroalcooleiro, cujas exportações cresceram 59,1%, de janeiro a outubro deste ano, totalizando US$ 6,16 bilhões. “Este resultado se deve ao crescimento de 56,5% e 63,9% nos preços do açúcar e álcool”, explicou o assessor técnico da CNA. Também se destacaram os produtos florestais, como papel e celulose, fumo e derivados e sucos de frutas.

No complexo carnes, que inclui carne bovina, aves e suína, as exportações estão praticamente estáveis em relação ao ano passado, embora o comportamento seja diferenciado por segmento. As exportações de carne bovina aumentaram 22,9% devido a uma elevação de 15,9% nos preços externos. No caso do frango, as exportações continuam em queda, diminuindo 10,1% de janeiro a outubro, devido à redução de 8,5% do volume exportado, em conseqüência da retração de consumo do produto na Europa.

Mas o destaque negativo do complexo carnes ficou com a carne suína, cujas exportações caíram 16,5% devido ao embargo imposto pela Rússia, principal mercado consumidor do produto brasileiro. As informações são da assessoria de imprensa da CNA.

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