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Santa Catarina cria força tarefa para combater a Fascíola Hepática nos bovinos

Em Santa Catarina já foi registrada a doença em animais originários de outras regiões


A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, por meio da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), se une ao Centro Universitário Barriga Verde (Unibave) para identificar e sanear os focos da doença.

A Fascíola Hepática é um parasita que compromete o fígado dos bovinos. Como o órgão é descartado no momento do abate, acaba trazendo prejuízos financeiros para os pecuaristas e frigoríficos. Normalmente, o parasita é encontrado em bovinos criados em áreas alagadas, porém, em Santa Catarina já foi registrada a doença em animais originários de outras regiões.

O convênio entre Cidasc e Unibave funcionará da seguinte forma: a Companhia irá avisar a Universidade quando encontrar algum caso do parasita em bovinos e, na outra ponta, uma equipe multidisciplinar da Unibave fará o saneamento da propriedade rural, combatendo o caramujo hospedeiro da doença.

O secretário da Agricultura e da Pesca Moacir Sopelsa ressalta que a parceria só é possível porque todos os bovinos catarinenses são identificados e rastreados, o que permite apontar em qual propriedade rural eles foram criados.

Sopelsa destaca ainda a importância de aliar pesquisa e tecnologia para o desenvolvimento do meio rural catarinense. “É fundamental dar força e oportunidade para as pessoas irem buscar o conhecimento, essa pesquisa vai trazer qualidade para os rebanhos, abatedores e para os produtos do nosso estado”.

“A Universidade está buscando a solução para um problema junto com a Cidasc. É um ato simples, mas de grande relevância, é dessa forma que crescemos”, afirma o presidente da Cidasc, Enori Barbieri. A Companhia cedeu um veículo para a Unibave possa desenvolver a pesquisa.

O professor do Unibave, Mauro Maciel Arruda, um dos autores do projeto, explicou que a pesquisa sobre a incidência da Fascíola Hepática em Santa Catarina pretende melhorar a situação dos produtores e dos abatedores. “Esses casos de zoonoses não são dispersos, essa parceria pretende dar uma resposta para o poder público, academia e comunidade”.

Segundo o professor, a pesquisa será um trabalho integrado entre várias áreas para combater a doença no estado. “O intuito é identificar as propriedades e trabalhar junto com o produtor em uma equipe multidisciplinar de biólogos, agrônomos e veterinários”.

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