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Santa Catarina tenta conter catástrofe agrícola

Catarinenses são autorizados a caçar javalis para evitar destruição de lavouras


Os agricultores de Santa Catarina estão autorizados pelo Ibama a abater os javalis selvagens que estão devastando as plantações do Estado. A Secretaria Estadual da Agricultura e Desenvolvimento Rural catarinense autorizou por tempo indeterminado, a caça aos javalis, em todo o território. A medida busca erradicar a espécie que coloca em risco não somente o equilíbrio da fauna, como a integridade física dos agricultores e afeta a economia local.

Outros estados como Rio Grande do Sul e Minas Gerais também estão tendo grandes prejuízos por conta da proliferação dos javalis. “Eles são considerados espécies exóticas invasoras, segunda causa de perda de biodiversidade do mundo; só atrás do desmatamento”, afirma o biólogo e consultor ambiental Mateus Pereira das Neves, autor do “Levantamento Populacional de Javalis Asselvajados no Rio Grande do Sul”, de 2007, alertando sobre a falta de uma política de controle à ação do animal. Ele também explica que o javali “brasileiro” é híbrido principalmente do porco doméstico, o que eleva seu peso médio de cinquenta quilos para cem quilos. Agressivo, com hábitos noturnos e sem predador natural, o javali é muito resistente e transmissor de várias doenças. Este último motivo tem trazido preocupações para outros setores da economia nacional - como o Brasil é o quarto maior exportador de carne suína no mundo, com o menor preço entre todos os produtores mundiais, há o medo de que medidas internacionais, já aplicadas em casos anteriores (como o recente da febre aftosa), venham prejudicar a balança comercial. Outro fato alarmante é o aumento no número de ataques do animal aos próprios lavradores. “Não se trata aqui de ser contra ou a favor da caça; trata-se de proteger o cidadão, seu trabalho, sua família, seu sustento. Em tese, este deveria ser o objetivo das instituições governamentais”, opina o professor Bene Barbosa, bacharel em direito e presidente do Movimento Viva Brasil. “Não quero incentivar a matança, mas, até o momento, a caça se mostrou a única metodologia eficaz de controle”, complementa o biólogo.

As informações são de assessoria de imprensa.

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