São Paulo: desempenho do frango vivo na segunda semana de julho
O frango vivo passou absolutamente alheio ao momento de pagamento de salários e, portanto, de melhores vendas.
O frango vivo comercializado no interior paulista passou pela segunda semana do mês e completou o primeiro decêndio de julho absolutamente alheio ao momento – de pagamento de salários e, portanto, de melhores vendas.
Assim, a perspectiva apontada ao final da semana anterior, de alta da cotação então praticada, não se concretizou, pois, pelo contrário, a fragilidade do mercado aumentou, a oferta superando ainda mais a procura e retardando a saída de lotes prontos para o abate.
Essa postergação, combinada com o ganho de peso adicional decorrente das baixas temperaturas, vem redundando em aves mais pesadas que o habitual. O resultado é o agravamento ainda maior das condições de comercialização, visto que aumenta a oferta de carne em período em que a fraca demanda é agravada pelas férias escolares.
A melhor tendência, no momento, é de manutenção da cotação atual, mesmo porque nos encaminhamos para o final da primeira quinzena. Não custa registrar, de toda forma, que no decorrer da semana passada o atacado paulistano do frango abatido registrou forte valorização – a ponto de a semana ter sido encerrada com o melhor preço médio dos últimos cinco meses.
Isso pode ser efeito de uma reação tardia do consumo – o que, se verdadeiro, pode refletir-se na demanda e nos preços da ave viva. Aliás, como foi observado em julho do ano passado, quando as altas ficaram reservadas para a segunda quinzena do mês.
Porém, pode ocorrer que a valorização atual do atacado do frango abatido resulte de uma política dos abatedouros – oferta controlada da ave abatida, ainda que a disponibilidade de aves vivas seja abundante. E se este for o caso, o frango vivo negociado no interior paulista corre o risco de enfrentar baixa no decorrer da semana, pois negócios a preços inferiores ao valor de referência já vêm sendo realizados.