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SC: Governo quer evitar vírus de diarréia suína

Segurança sanitária será reforçada em em portos e aeroportos


A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, a Associação Catarinense de Criadores de Suíno (ACCS) e representantes de agroindústrias catarinenses vão cobrar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) o fortalecimento dos serviços de vigilância sanitária nos portos e aeroportos do país como forma de coibir a entrada do vírus da diarréia epidêmica suína (PEDV).

A decisão foi tomada durante seminário técnico realizado nesta quarta-feira, dia 16, em Concórdia, para discutir o surgimento do vírus nos Estados Unidos a as medidas de fortalecimento da defesa sanitária necessárias para prevenir contra a entrada da doença no Brasil. A preocupação do setor é de que com a importação de animais dos EUA e a grande circulação de turistas estrangeiros com Copa do Mundo possa ocorrer transmissão do vírus para o Brasil.

O secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, lembrou que Santa Catarina é o maior produtor de suínos no Brasil e por isso tem que estar alerta com essa ameaça, e portanto  as entidades devem agir de forma pró-ativa, esclarecendo que o Brasil tem uma sanidade e qualidade muito boa, que o consumidor pode consumir sem preocupação e que não há nenhum caso registrado no país. “Essa doença não existe no país e ao mesmo tempo não atinge os seres humanos, somente os animais. Portanto nosso foco é a atuação preventiva para manter a excelência sanitária animal que temos em Santa Catarina para manter nosso acesso aos mercados internacionais”, ressaltou.

O presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi, destacou que Santa Catarina tem conquistado importantes países com a exportação de carne suína e por isso tem que manter a excelência sanitária suína. Para ele, o Ministério da Agricultura deveria impedir a importação de animais dos EUA, pelo menos neste período de jogos da Copa do Mundo, como forma de dar uma maior segurança aos criadores de carne suína. Losivanio reforçou que, apesar da existência de uma colônia de quarentena, em Cananéia (SP), seria melhor coibir a importação.

Os pesquisadores da Embrapa, Janice Zanella e Nelson Mores apresentaram a atual situação da doença nos EUA, sua origem e aspectos da disseminação e prevenção. Alertaram que a doença é de transmissão rápida e que o acesso de pessoas as granjas têm facilitado a proliferação do vírus em vários países da Europa e na América do Norte. Participaram da reunião o diretor de qualidade e defesa sanitária animal da Secretaria da Agricultura e da Pesca, Roni Barbosa, representantes de criadores, do Sindicarne (Sindicato da Carne), Embrapa e das agroindústrias de Santa Catarina.

A doença provocou nos últimos meses a morte rápida em mais de cinco milhões de suínos pelo mundo. O vírus não atingiu o Brasil e todos os esforços estão concentrados em afastar a chegada da doença e proteger todo o rebanho suíno do país, enfatizaram os participantes do seminário.

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