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SC aposta na recuperação do agronegócio neste ano

Boa safra de grãos e abertura de mercados à carne suína animam os produtores catarinenses


- O agronegócio de Santa Catarina terá um novo marco: antes e depois da certificação da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE). Esta é a justificativa do presidente da Federação da Agricultura do Estado de SC (Faesc), José Zeferino Pedrozo, para o otimismo do setor, que aposta num ano de recuperação, após a grave crise enfrentada em 2006.

Desde que a comissão técnica da OIE aprovou o reconhecimento do Estado como área livre de aftosa sem vacinação, no final de fevereiro, o agronegócio catarinense aguarda com ansiedade a homologação da assembléia geral do organismo internacional, convocada para o dia 25 de maio, de olho na abertura de importantes mercados.

- SC está bem preparada graças à parceria da iniciativa privada com o setor público. Estamos confiantes porque o lado político da OIE deve acatar a decisão técnica favorável - disse Pedrozo.

Apesar do otimismo, o vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri, alerta que 2007 será difícil para os suinocultores porque o preço da carne ainda está baixo e insumos e transportes tiveram 30% de aumento.

- A atividade está inviável. Se a decisão técnica não for homologada será o caos para o setor. Os mercados que se abrirão precisarão ser disputados com os atuais fornecedores - explicou.

Expectativa é de vender para a Europa e o Japão

A expectativa é de que Europa e Japão passem a consumir a carne catarinense com a aprovação da OIE. O novo status do Estado também pode abrir portas para outras atividades, entre elas, o incremento da produção de bovinos. Hoje, o Estado importa 60 mil toneladas de carne bovina.

- SC não é um Estado com grandes áreas, condições para a bovinocultura, que acabou perdendo muito espaço para o reflorestamento porque a carne de boi está com o mesmo preço há cinco anos. Isso pode ser revertido agora - estimou.

Sem planta industrial para o abate de bois, a certificação da OIE pode propiciar também a atração de frigoríficos ao Estado. Isso porque haverá interesse das empresas hoje sediadas em outros estados em estarem instaladas em Santa Catarina, considerada uma ilha em termos de sanidade animal no Brasil.

- Uma missão da Itália está interessada em comprar terneiros nascidos no Oeste porque não são aproveitados por serem machos e a Itália quer comprar a vitela - disse Barbieri.

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