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SC busca novo mercado para a carne suína

Novo status possibilitará negócios com os EUA, Japão e Canadá


Após a aprovação do reconhecimento de Santa Catarina como área livre de febre aftosa sem vacinação, anunciada na última sexta-feira (23-02) pela Comissão Técnica da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE), o objetivo dos empresários ligados ao setor de carne suína é trabalhar para que mercados antes fechados, como o japonês, o europeu, o canadense e o dos Estados Unidos, comprem a carne do Estado.

Aautorização foi comunicada pelo presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Corte, Antenor Nogueira, ao presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo.

A decisão técnica será homologada na assembléia geral da OIE convocada para o dia 25 de maio, na capital francesa, onde se reúne anualmente aquele organismo internacional. Após o prejuízo que se estendeu por mais de um ano, em virtude da decisão da Rússia de embargar a carne catarinense depois que focos da doença foram registrados nos estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, a notícia foi um alívio para os produtores.

Segundo o presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS) Wolmir de Souza, muito mais que o prejuízo econômico, que chegou a quase R$ 39 milhões no período, o segmento teve perdas sociais, já que muitos criadores deixaram a atividade e trabalhadores perderam o emprego.

Decisão fará com que a Rússia repense embargo

"Principalmente aqui no Oeste, onde uma quantidade grande de pequenos municípios vivem da suinocultura, houve perdas significativas. Desde o ano passado estamos trabalhando nesse reconhecimento, que só será realmente definitivo em maio."

Souza afirma que o reconhecimento, além de abrir mercados mais seguros, vai fazer com que a Rússia repense o embargo praticado à carne catarinense.

"Precisamos ter um poder político-econômico a partir de agora, para concorrer com os outros países que exportam a carne para esses mercados."

O presidente da Faesc José Zeferino Pedrozo, aponta que a carne suína de Santa Catarina já foi procurada por italianos e franceses, locais que exigem o reconhecimento de aftosa sem vacinação.

"Com a homologação, em maio, poderemos vender os terneiros machos, que hoje são sacrificados em virtude do pouco ganho que eles representam aos produtores."

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