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Sead conclui Seção Nacional da Reaf com saldo positivo de propostas

Todos os encaminhamentos irão para a agenda de discussão da XXVI Reaf na Argentina


O terceiro dia da XLIX Seção Nacional da Reunião Especializada da Agricultura Familiar do Mercosul (Reaf), realizada em Brasília desde a última terça-feira (18), foi marcado pela construção de propostas de políticas e recomendações para a agricultura familiar do Brasil e da região. Os participantes do governo e da sociedade civil consolidaram propostas relativas a seis grupos temáticos: gênero, acesso à terra, comercialização, juventude, mudanças climáticas e registros da agricultura familiar, as quais serão apresentadas na próxima REAF, em junho, a ser realizada no Chile.

Lautaro Viscay, secretário técnico da Reaf, comentou dos avanços conquistados e reiterou os esforços na busca de soluções concretas para o setor. “Buscamos e conseguimos diminuir as assimetrias entre os povos. O Mercosul e a Reaf estão aí para isso. Conseguir que todos tenham oportunidades. Em parte, conseguimos isso, além da integração da economia real e solidária. Vamos continuar e buscar ações verdadeiras para a questão da fome e da agricultura”, afirmou. 

Todos os encaminhamentos irão para a agenda de discussão da XXVI Reaf na Argentina, nos dias 27 e 28 de abril; e da I Conferência Regional da Agricultura Familiar do Mercosul Ampliado, a ser realizada em junho, no Chile. 

A subsecretária de Reordenamento Agrário da Sead, Raquel Santori, comentou que é momento de debater e otimizar as políticas e enfatizou que a agenda fundiária é uma das agendas prioritárias do governo. Rafael Dias, analista de Políticas Sociais da Assessoria Internacional da Sead, coordenou os trabalhos e acredita que foram alcançados os resultados esperados. “Todos os grupos revisaram os temas que estavam em andamento e agregaram propostas coerentes com o avanço que a região precisa ter nas políticas públicas para a agricultura familiar”.
 
Entre as propostas construídas na reunião, destacam-se: as bases para o terceiro programa regional de gênero, a validação das diretrizes para a juventude rural, a criação de um GT de Ater, o Manual de Implementação de Registros da Agricultura Familiar, o encontro internacional de governança da terra, o seminário internacional de mudanças climáticas e agricultura familiar, entre outras.

Entre as representações da sociedade civil, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) também trouxe o assunto à tona. Para o vice-presidente da confederação, Willian Clementino, o tema será um desafio para ambas as partes – governo e sociedade –, em 2017.

Já a coordenadora de mulheres da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg), Alaide Lúcia Bragetto Moraes, especificou a necessidade de regularização de terras de comunidades quilombolas. “Precisamos que esse processo seja ágil e rápido”, disse Alaide.

Para o coordenador geral de Assuntos da Agricultura Familiar e Cooperação Internacional da Sead, Hur Ben Corrêa da Silva, o saldo da XLIX Seção Nacional da Reaf foi positivo. “Tivemos debates frutíferos, com apresentação de documentos consistentes e teremos como apresentar um resultado efetivo em junho”, concluiu Hur Ben. Leia mais sobre a XLIX Seção Nacional Brasileira neste link.

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