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Seara fecha 2002 com lucro líquido menor


A Seara Alimentos, empresa controlada pelo Grupo Bunge, fechou 2002 com lucro líquido de R$ 79 milhões, o que significa queda de 1,37% em relação ao ano anterior, mas um resultado considerado significativo pela empresa. "O ano de 2001 foi excepcional em razão dos altos preços alcançados no mercado internacional, que sofreu com os com os problemas sanitários na Europa, além da redução do preço do milho, a principal matéria-prima", diz o diretor administrativo-financeiro e de relações com os investidores da Seara, Ivo José Dreher.

Custos maiores

"Em contrapartida, em 2002 houve crescimento de 38% no preço do milho, impactando os custos da produção. Foi verificada também queda nos preços da carne suína exportada para a Rússia, devido ao aumento da produção e oferta brasileira."

O Ebitda da companhia caiu 8,5%, para R$ 189,4 milhões em 2002, em relação aos R$ 207,1 milhões em 2001. Segundo o diretor, as margens operacionais bruta (30,3%), Ebitda (11,6%) e líquida (4,9%) em 2002 estão acima da média histórica. A Seara registrou no ano passado receita bruta de R$ 1,737 bilhão, crescimento de 26,5% em relação aos R$ 1,374 bilhão obtidos no ano passado.

As exportações impulsionaram as vendas da Seara em 2002. O mercado externo, que representava 63% da receita total da companhia em 2001, passou a responder por 72,1% em 2002, informa o diretor administrativo-financeiro.

Quarto trimestre

No quatro trimestre de 2002, a Seara registrou lucro líquido de R$ 34,9 milhões, um crescimento de 88,6% em comparação com o mesmo período de 2001, quando o lucro atingiu R$ 18,5 milhões. O Ebitda da companhia no quatro trimestre de 2002 foi de R$ 85,3 milhões, 72,3% superior ao do mesmo período do ano passado.

A receita bruta da empresa entre outubro e dezembro aumentou 39,6%, para R$ 550 milhões, em relação aos R$ 393,9 milhões no quarto trimestre de 2001. "O mercado doméstico teve um bom desempenho, com recuperação dos preços e a linha de festas. Em relação ao terceiro trimestre de 2002, houve ainda crescimento de 6% nas exportações", afirmou Dreher. Em volume, as vendas da companhia no período atingiram 157,5 mil toneladas, alta de 13,3% em relação ao último trimestre de 2001. Na mesma comparação, a Seara registrou aumento de 41,8% nas exportações para 111,2 mil toneladas no quarto trimestre do ano passado. Já as vendas internas somaram 46,3 mil toneladas, redução de 23,6%.

Em relação ao endividamento líquido financeiro, a Seara Alimentos fechou 2002 com montante de R$ 494,9 milhões (142% do patrimônio líquido), valor superior aos R$ 330,1 milhões de 2001. Dreher atribui esse aumento aos recursos aplicados em estoques, devido ao aumento das vendas em 2002. Segundo o executivo, a empresa recorreu à captação de recursos a custos mais baixos e buscou proteção à exposição cambial, em razão da desvalorização. Com isso, a Seara Alimentos reduziu em R$ 19 milhões sua despesa financeira, que passou de R$ 59,9 milhões em 2001 para R$ 41,1 milhões em 2002.

Novos investimentos

A Seara Alimentos planeja investir R$ 65 milhões em 2003, valor superior aos R$ 59,5 milhões aplicados em 2002. Segundo Dreher, os recursos serão destinados à ampliação da capacidade de produção nas unidades atuais. Desse montante, a Seara vai aplicar R$ 15 milhões na duplicação da capacidade produtiva em sua fábrica de processados de frango de Itapiranga (SC), destinados, sobretudo ao mercado externo.

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