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Secretaria da Agricultura ainda tem R$ 75 mi disponíveis para projetos

Foram destinados R$ 46 milhões ao setor cooperativista este ano



"Quando o governador me convidou para assumir a pasta ele me pediu atenção aos pequenos e médios produtores. Não há outro meio de fazer isso se não com cooperativismo e associativismo", diz a secretária de Agricultura do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi. A cinco meses do fim de sua gestão, ela afirma que a pasta destinou cerca de R$ 46 milhões ao setor cooperativista este ano, com 113 projetos aprovados no programa Microbacias II.

Com mais de quatro mil produtores assistidos, o Microbacias II é um dos principais programas da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) e atua no acesso ao mercado para agricultores familiares. "Temos outros R$ 45 milhões à disposição para esse programa e estamos na quinta chamada pública. A cada chamada são disponibilizados entre R$ 15 e R$ 16 milhões às cooperativas do estado", diz.

Os produtores interessados no programa devem procurar uma das 594 Casas de Agricultura espalhadas pelo estado, locais que recebem as demandas do setor.

A SAA está, basicamente, estruturada em quatro categorias principais: pesquisa, assistência técnica, defesa agropecuária e fomento ao cooperativismo. Cada categoria é gerida por coordenadorias que recebem ou fomentam demandas - como no caso da área de pesquisas - que formarão os projetos da pasta. "Ainda temos R$ 75 milhões disponíveis para apoio a projetos", comenta.

Além das coordenadorias, a secretaria conta com o apoio das Câmaras Setoriais, do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), um instrumento de articulação entre governo e sociedade civil na proposição de diretrizes para as ações direcionadas às áreas da alimentação e nutrição, com adesão a um sistema federal.

"Também temos a Codasp [Companhia de Desenvolvimento Agrícola de SP] que trabalha mais na logística, com o programa Melhor Caminho, que prioriza recuperação das estradas rurais. E o Feap, que é o Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista, no qual temos mais de 30 linhas de financiamento e juros que não superam 2,25% anuais", diz.

Mônika explica que, nos últimos 16 anos, foram recuperados mais de 11 mil quilômetros de estradas rurais. "São Paulo tem 200 mil quilômetros de estradas rurais, é um estado onde a maior potência é a agricultura. Temos uma representação muito importante, não só no abastecimento mas em balança comercial. Mais de 20% de tudo que o Brasil exporta sai daqui", avalia.

No Feap, alguns dos principais benefícios estão no subsídio dos programas Pró-Trator, no qual o produtor pode adquirir tratores financiados a juro zero, e Pró-Implemento, onde os implementos agrícolas podem ser financiados também a juros zero.

"O Pró-Trator I e II já soma R$ 500 milhões em recursos recebidos e o Pró-Implemento mais de R$ 100 milhões", completa.

Em vista dos problemas de algumas culturas do estado, Mônika lembra das destinações de recursos emergenciais, como a citricultura, que recebeu um custeio de R$ 50 milhões neste ano. Nesta modalidade, a pecuária de leite recebeu R$ 87 milhões.

A secretária destaca que o estado detém cerca de 25 milhões de hectares para agropecuária. Destes, 22 milhões de hectares são da agricultura. "Pastagens, cana, laranja, ovos e flores são carros-chefe com uma enormidade de pequenos produtores."

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