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Secretário municipal de Saúde diz que Rio vive momento de pico da doença

Secretário municipal de Saúde diz que Rio vive momento de pico da doença


RIO - A decisão de manter crianças e jovens afastados por mais tempo das salas de aula se justifica, segundo o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, porque o Rio vive agora o momento de pico da gripe suína, situação que deve se prolongar até aproximadamente o dia 10 de agosto. Especialistas, no entanto, divergem sobre a eficácia do adiamento das aulas.

Atualmente o município tem 81 menores de 19 anos internados com suspeita da doença, sendo que 35 têm menos de 2 anos de idade. O número é maior do que o de grávidas, a maior preocupação das autoridades: há 23 gestantes internadas nas unidades municipais. Em dois dias de funcionamento, o Disque-Gripe (0800-281-0100) recebeu 91 mil ligações.

Com o adiamento da volta às aulas nas 1.437 escolas estaduais e 1.062 da rede municipal, serão afetados cerca de 2,4 milhões de estudantes do Rio. As escolas técnicas - incluindo algumas que retomaram as atividades na última segunda-feira - também suspenderão as aulas por uma semana. As creches do município, que atendem crianças de até 3 anos, vão ter as férias estendidas até dia 17. Niterói, Petrópolis e Nova Iguaçu, São Gonçalo e Caxias também optaram por manter os alunos longe das salas de aula por pelo menos mais uma semana.

O adiamento da volta às aulas, segundo o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, é medida de precaução. Durante os próximos dias será feito um estudo da evolução da doença, com base nos casos registrados, para determinar quem são as pessoas mais vulneráveis.

- Queremos ver como os casos vão se comportar, principalmente em relação às crianças. Até agora, tudo parece muito semelhante com a influenza sazonal (gripe comum) e, se continuar assim, não há razão para manter a suspensão das aulas. A exceção é em relação às grávidas, que são uma preocupação - disse Côrtes, adiantando que, próxima semana, uma nova reunião determinará se haverá necessidade de prorrogar ainda mais as férias escolares.

A secretária estadual de Educação, Tereza Porto, disse que serão tomadas várias medidas de higiene nas escolas, que deverão manter as janelas abertas, substituir bebedouros elétricos por galões de água e oferecer aos alunos copos descartáveis. No município, segundo a secretária de Educação, Cláudia Costin, os professores voltarão a trabalhar no dia 5, antes da chegada dos alunos. No retorno, eles participarão de um treinamento multimídia para combater a doença.

Particulares ainda reticentes a mudar
Na rede particular, as escolas estão reticentes a alterar o calendário. A orientação do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do município é que os colégios prolonguem as férias e, no caso dos que já iniciaram suas atividades, que as suspendam imediatamente.

A Escola Americana vai manter a volta as aulas para a próxima segunda-feira, considerando as medidas de precaução já adotadas suficientes, assim como a Escola Parque, a Notre Dame, o Mopi e o Dínamis. No Colégio Santo Inácio, a decisão será tomada nesta quinta-feira.

Já na rede federal, o MEC deu autonomia para as instituições decidirem. O reitor em exercício da Uni-Rio, Luiz Pedro San Gil Jutuca, decidiu nesta quarta-feira reiniciar as atividades acadêmicas, previstas inicialmente para a próxima segunda-feira, somente no dia 17.

O Colégio Pedro II, por sua vez, informou que pediu uma orientação por escrito às autoridades de saúde para tomar uma decisão. Já a UFF, cujas aulas estão previstas para serem retomadas no dia 10, manteve o calendário.

Entre as universidades particulares, a Estácio reiniciou as aulas na última segunda-feira. Na PUC, as aulas recomeçam dia 10 e a reitoria não tem planos de adiá-las.

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