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Secretário/RS é contra a transição brusca na reconversão da fumicultura

Conforme Mainardi, esse tipo de fumo, maturado em galpões e não em estufas, ficam mais escuros e necessitam da adição do açúcar


O secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, defendeu na tarde desta terça-feira (6), em Brasília, durante audiência pública promovida pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), que a proibição de adição de açúcar no fumo burley não é uma questão de saúde pública e que este veto pode inviabilizar 15 mil pequenos fumicultores, retirando da economia gaúcha cerca de R$ 150 milhões por ano.


As audiências públicas realizadas pela Anvisa abordaram mais restrições para os produtos derivados do tabaco. Os cerca de 450 participantes debateram as propostas que preveem mais rigor na propaganda e a proibição do uso de aditivos e aromatizantes nesses produtos.

Elas fizeram parte do processo de discussão entre Anvisa e sociedade sobre as consultas públicas 112 e 117/2010 da agência. A primeira propõe a proibição de aditivos que conferem sabor doce, mentolado ou de especiarias aos produtos derivados do tabaco.

Já a 117/2010 prevê regras para a impressão das imagens de advertências sanitárias e para a restrição da propaganda nos pontos de venda. A proposta também trata da comercialização desses produtos pela internet.

Participaram das audiências produtores de fumo, a indústria do tabaco e entidades médicas. Também estiveram presentes nos encontros parlamentares, representantes do Governo e da sociedade civil organizada.

Conforme Mainardi, esse tipo de fumo, maturado em galpões e não em estufas, ficam mais escuros e necessitam da adição do açúcar para recomposição de suas propriedades. "O que se discute aqui não é uma medida contra o tabagismo, mas sim a proibição de uma prática que existe em todo o mundo", informou Mainardi.


A preocupação maior do secretário da Agricultura é que a fumicultura é uma atividade de difícil reconversão. "Estamos trabalhando, Governo do Estado e Governo Federal, para encontrar alternativas para esses produtores, tendo em vista que o Brasil é signatário da convenção Quadro e precisa se adaptar, mas isso não vai acontecer de uma hora para outra, sob pena de inviabilizarmos aproximadamente 60 mil pessoas", justificou.

Na opinião do secretário, o mais correto seria combater o contrabando do cigarro, tanto para a saúde pública como para a economia nacional. Mainardi disse que a estimativa é de que pelo menos 25% do cigarro consumido no País é trazido do Paraguai, sem nenhuma fiscalização sanitária e muito menos fiscal.

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