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Sefaz e Abiove em reunião técnica

Para manter o óleo e o farelo de soja competitivos, a tributação aplicada nos estados vizinhos está sendo levada em conta


A Secretaria de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz/MT) e a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) realizaram na sexta-feira (16) a primeira reunião para decidir o novo modelo de tributação para a soja. Técnicos do Fisco e do setor produtivo apresentaram suas propostas com a finalidade de garantir a arrecadação do Estado e ao mesmo tempo manter a competitividade dos produtos mato-grossenses. As propostas serão analisadas nos próximos dias por ambas as partes e na próxima quarta-feira um novo modelo deverá ser anunciado.


O Grupo de Trabalho (GT) está em convergência sobre a necessidade de maior controle sobre as exportações da oleaginosa como forma de evitar operações irregulares, e assim ampliar os repasses de Mato Grosso frente a Lei Kandir. Outro ponto debatido é em relação à cobrança de imposto sobre o frete, que para a exportação, perderá o diferimento (desconto) caso a mesma não seja efetivamente comprovada.

Para manter o óleo e o farelo de soja competitivos, a tributação aplicada nos estados vizinhos está sendo levada em conta, porém, os custos também poderão ser melhor analisados. Outro ponto em debate no GT é o acúmulo de benefícios, a carga deverá ser geral para o segmento.

Na primeira reunião realizada entre Sefaz, Abiove, Federação de Agricultura e Pecuária (Famato) e Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), na última terça-feira, o secretário-adjunto da Receita Pública da Sefaz/MT, Marcel Souza de Cursi, explicou o posicionamento do Fisco. “Colocamos todos os incentivos fiscais em revisão e neste segmento não é diferente. Existem benefícios aplicados ao setor por força de Lei Federal, como a Lei Kandir, por exemplo, e não podemos cumular com benefícios estaduais. O Grupo de Trabalho vai estudar maneiras de melhorar a comprovação de exportações, o saneamento de alguns passivos, e tornar a tributação de Mato Grosso compatível com os demais estados vizinhos".


A reunião desta sexta-feira marcou o início do debate sobre o segmento, e mesmo após o entendimento previsto para a próxima quarta-feira, novos procedimentos quanto à industrialização da soja deverão ser editados pela parceria entre a Sefaz e o setor produtivo.

PROBLEMA – De acordo com o segmento produtivo, as alterações sobre a tributação do ICMS aos derivados gerarão um aumento de 303% sobre a arrecadação junto aos produtos. De acordo com a Abiove, será mais barato comprar farelo de soja de Goiás do que dentro do próprio Estado e isso fará Mato Grosso “retornar à idade da pedra, exportando apenas matérias-primas, sem qualquer agregação de valor à economia estadual, além disso, o argumento é de que a nova tributação tirará a competitividade da produção, movimentação que poderá afugentar investimentos já aplicados no Estado como futuros projetos.

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