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Segunda safra de feijão pode ser menor

No Paraná cerca de 36% das lavouras estão em condições ruins


Foto: Marcel Oliveira

A segunda safra de feijão do Paraná, principal estado produtor da cultura, sofre os impactos negativos do clima. Segundo Departamento de Economia Rural (Deral) cerca de 45% da área cultivada na 2ª safra foi colhida, e 35% da produção comercializados pelos produtores. As lavouras se encontram nas seguintes condições: 36% ruins, 40% médias e 24% boas, e nas seguintes fases: 1% em floração, 27% em frutificação, e 72% em maturação.

Na Região Centro-Sul do país, a 2ª safra se encontra em plena colheita. No Paraná, o mês de maio teve chuvas intensas e baixas temperaturas, prejudicando o potencial produtivo das plantas e a qualidade do produto. Com isso, devido ao elevado teor de umidade, boa parte do feijão teve que passar por secadores, sendo prejudicado na sua qualidade e preço (grãos enrugados, menores, etc.). 

Quanto à 3ª safra ou safra de inverno, ainda em fase de plantio, estima-se uma área de 511,4 mil ha, 3,7% abaixo da anterior, uma produção de 691,6 mil toneladas. O maior plantio está na Região Nordeste, com aproximadamente 60% das áreas cultivadas. A produção, no entanto, se concentra nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste, com cerca de 74% do total indicado para esta temporada, em função das diferenças de tecnologia, clima e solo.

Com relação aos preço, no atacado paulista, o mercado segue calmo, com pouca demanda e operando praticamente com sobras de mercadorias. O feijão cores extra, que está escasso, foi cotado, em média, a R$ 312,50, recuando R$ 7,50 por saca. 

A maior parte do produto ofertado foi proveniente do Paraná, onde a safra foi prejudicada pelo clima frio e chuvoso, e ainda dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Embora a quantidade da mercadoria extra seja pequena, as vendas ficaram bem abaixo da esperada, vez que a pouca demanda dos compradores continua sendo por produtos comerciais, cotados entre R$ 260,00 e R$ 280,00 a saca.

Já o feijão preto no mercado atacadista de São Paulo teve expressiva desvalorização. O produto de melhor qualidade passou, em média, de R$ 329,50 para R$ 305,00, ou menos R$ 24,50 por saca. A maior parte dos empacotadores continua se abastecendo diretamente das fontes de produção, onde a colheita ultrapassa metade da área prevista para esta temporada. 

Os dados constam na análise conjuntural elaborada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que aponta ainda que “diante desta posição, deverá ocorrer um menor envio de mercadorias para a zona cerealista de São Paulo, forçando uma elevação dos preços. No entanto, os compradores dependem de pedidos junto ao varejo, e o consumo final anda muito retraído”.
 

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