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Selo verde é condição para negócios

As empresas que atuam na região da Floresta Amazônica estão tendo de provar a preservação de espécies para conseguir contratos


As empresas brasileiras que atuam na região da Floresta Amazônica estão tendo de provar a preservação de espécies nativas para conseguir a renovação ou novos contratos de fornecimento com indústrias estrangeiras e nacionais.

Um exemplo deste novo modelo de negócio é o da Agropalma, uma das maiores produtoras de gordura vegetal a partir do óleo de palma. A empresa só fechou contrato de fornecimento para a indústria de cosméticos Natura depois que auditorias comprovaram a permanência de todas as espécies nativas que estavam em suas matas há dois anos. A Agropalma espera fechar também dois contratos de fornecimentos com países da União Européia, e para isso as partes só aguardam uma visita dos estrangeiros que comprove a preservação de suas matas nos últimos anos.

A Agropalma fornece gordura vegetal para indústrias como Elma Chip’s, Marylan, Yoki, Unilever, entre várias outras que atual no mercado mundial. "Este investimento em preservação ambiental é uma obrigação para fechar novos negócios. Hoje brincamos que vendemos a preservação e a responsabilidade social e de quebra entregamos nossa gordura vegetal", diz o diretor-comercial da Agropalma, Marcello Brito. Segundo o executivo, há dois contratos com empresas da União Européia que esperam apenas a visita de especialistas de uma ONG daquele continente para confirmar as informações sobre o ambiente.

Outra empresa que tem utilizado o selo verde é a Eucatex. A indústria de painéis de madeira e substratos para mudas investe R$ 1 milhão ao ano em diversos programas que culminem na certificação de que há preservação de espécies em suas florestas plantadas de eucaliptos e nas florestas naturais vizinhas.

A empresa fornece painéis de madeira para grandes varejistas no Brasil e no exterior, caso da americana Home Demot, da Tramontina e Tok Stok no Brasil. Para o gerente-geral da Área de Florestas da Eucatex, Edward Fagundes Branco, houve mudança dentro da carteira de clientes. "Há clientes que não querem comprar um sofá sem que esteja provado que não devastamos a Amazônia". Segundo ele, as certificações vêm para provar que estamos fornecendo produto responsável.

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