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Semente de pastagem da safra passada é segura?

Veja o que observar para não ter prejuízos na lavoura


Foto: Marcel Oliveira

Sementes de pastagem podem ser guardadas e aproveitadas na safra seguinte? A resposta é sim. Isso é possível gravas a um recurso de adaptação chamado dormência. Elas seguem vivas apenas com processo de germinação atrasado ao natural.

Como a natureza é sabia as sementes de pastagem usam desse recurso para perpetuar a espécie, fazendo com que sobreviva por um longo tempo e germine assim que tiver condições para isso. Algumas cultivares apresentam esse fenômeno com maior frequência, como a Xaraés e Humidícola por exemplo, mas também pode ocorrer com Marandu, Mombaça, Piatã e demais cultivares.

Segundo o zootecnista da Sementes Oeste Paulista – Soesp, Diogo Rodrigues da Silva, o produtor deve observar alguns critérios depois de guardar a semente por um tempo. Entre eles estão a validade do teste de viabilidade na sacaria. Esse dado é mais relevante do que a data da safra da semente. Outros fatores a se observar são a germinação real e o prazo de validade.

Uma vez identificada a dormência em um lote de semente, as sacarias devem ser armazenadas com temperatura em torno de 25 ºC e umidade de 60%. “Se bem armazenada, a dormência da semente é rompida naturalmente com o tempo, até que a ela esteja pronta para germinar. Realizamos esse acompanhamento através de análises periódicas de germinação”, afirma o zootecnista.

Somente após a quebra da dormência a semente é beneficiada e incluída no processo de tratamento Advanced. Essa tecnologia exclusiva tem como objetivo produzir sementes de altíssima qualidade, com isso o produtor tem maior segurança e a garantia de um tratamento resistente, além do inseticida e dois fungicidas, atribuindo uma maior proteção à semente e assim indicadas para o uso na Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).

No final de todo esse processo, uma nova amostra é coletada e verificada a porcentagem de viabilidade e germinação. No caso da Soesp o laboratório é próprio, auditado e certificado pelo Ministério da Agricultura. É nele que realizam-se os testes de pureza, viabilidade, germinação real, dentre outros. Independente de qual seja a safra desta semente, esses testes são realizados pouco antes da comercialização e garantem a qualidade da semente que chegará até o produtor.

 “Então, respondendo à pergunta inicial, não há problema algum em adquirir sementes de safras passadas, a safra não é o melhor indicativo da qualidade da semente, o mais importante é que a semente esteja com o teste de viabilidade dentro da validade. Assim como um bom vinho, ele pode ser de uma safra antiga ou nova e ter um excelente desempenho.”, finaliza o especialista.
 

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