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Seminário de Belo Horizonte forma multiplicadores do Programa ABC

Presidente da FAEMG, Roberto Simões, diz que treinamento é oportuno para aumentar a adesão dos produtores rurais ao programa


Presidente da FAEMG, Roberto Simões, diz que treinamento é oportuno para aumentar a adesão dos produtores rurais ao programa
Roberto Simões, abriu nessa terça-feira (2/2) o Seminário Regional Agricultura de Baixo Carbono (ABC), em Belo Horizonte, e ressaltou a importância do evento para a divulgação do Programa ABC do Governo Federal, que oferece linhas especiais de crédito para financiar projetos sustentáveis para a produção agropecuária. “Os produtores rurais ainda têm dificuldade de entender o que é o Programa ABC. Esse treinamento é extremamente oportuno para que essas pessoas que vieram aqui se tornem núcleos de divulgação e, dessa forma, possam aumentar o número de adesões a esse programa”, afirmou Simões. A realização do seminário é uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Embaixada Britânica, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Banco do Brasil.

Neste segundo seminário do Guia de Financiamento da Agricultura de Baixo carbono foram capacitados 60 assistentes técnicos da Emater, da Secretaria Estadual de Agricultura, do Instituto de Terras, da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), entre outros, além de agentes de crédito de bancos e técnicos das Federações de Agricultura e Pecuária dos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo. Eles assistiram atentamente a palestras de especialistas e representantes governamentais sobre o Programa ABC e as práticas sustentáveis de produção que podem ser financiadas pelas linhas de crédito do programa. Também puderam conhecer histórias de experiências bem-sucedidas de agricultura de baixo carbono. A idéia do seminário é fazer com que as pessoas capacitadas disseminem o conhecimento adquirido no seminário junto aos produtores rurais e à assistência técnica das suas regiões para deslanchar o Programa ABC.

Entre os presentes ao evento, a analista de agricultura da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Mato Grosso (FAMATO), Karina Gomes Machado, sabe da importância de se divulgar o programa. Segundo ela, é grande a procura em Mato Grosso por estas linhas de financiamento, que oferece juros de 5,5%, mas há desconhecimento das regras para obtenção do crédito. “Os produtores conhecem o Programa ABC, mas não sabem como ter acesso ao financiamento”, conta a analista, que elogiou o Guia de Financiamento da Agricultura de Baixo Carbono lançado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), esta semana, no seminário realizado na sede da entidade, em Brasília. “Esse guia é muito importante. É uma excelente fonte de informação para nós, que trabalhamos com isso, e também para os produtores e sindicatos rurais”.

O funcionário da gerência de agronegócios do Banco do Brasil, em Sete Lagoas (MG), Flávio Sodré Brito, também elogiou a iniciativa de realizar os seminários, mas criticou o atraso da medida. “O Governo devia ter feito isso logo no início do Programa ABC, em 2010”, disse. Segundo o bancário, que atende uma microrregião que abrange 78 municípios mineiros, incluindo a capital, muitos dos projetos avaliados por ele tinham de ser refeitos por desconhecimento das regras do programa. “A gente tinha de ligar para os assistentes técnicos para pedir que refizessem os projetos, mesmo percebendo que a finalidade estava contemplada no Programa ABC”, conta Flávio. Para ele, as linhas de crédito do programa ajudarão muito os produtores rurais de Minas Gerais, que perdem renda por causa das terras deterioradas. “Aqui no Estado é muito grande a área de pastagem degradada e tem muito produtor que não sabe o que fazer”.

Já o presidente do conselho fiscal do canal público de TV Rede Minas e membro do Fórum Mineiro de Mudanças climáticas, Milton Nogueira da Silva, viu o seminário como uma excelente oportunidade de conhecer as práticas tecnológicas que reduzem a emissão de gases do efeito estufa dos processos produtivos. Milton disse que pretende apresentar à Rede Minas um projeto de um programa que mostraria como essas tecnologias funcionam na prática. “Seria um programa voltado para os produtores rurais de baixa renda, aqueles que não têm acesso a esse tipo de conhecimento que nós estamos tendo aqui”, disse.

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