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Seminário debate a sustentabilidade e perspectivas do arroz em MT

A participação atual de Mato Grosso na produção nacional é de 6%, sendo que a média dos últimos anos é de 10%


A produção de arroz no Estado de Mato Grosso tem crescido de maneira relevante, acompanhando os grandes produtores da região Sul do Brasil, como o Rio Grande do Sul que ocupa a primeira colocação, logo após Santa Catarina e em terceiro lugar Mato Grosso com uma produção de 800 mil toneladas. Porém atualmente o setor, como em qualquer outro segmento, tem suas dificuldades, sendo assim, os órgãos que compõem a cadeia produtiva de arroz no Estado entenderam que existia uma necessidade de discutir as perspectivas, os desafios e a sustentabilidade desse cultivo. Portanto realizou na sexta-feira (24-09), o ‘IV Seminário de Cultura de Arroz de Terras Altas do Estado de Mato Grosso’, no Auditório da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), em Cuiabá.

A participação atual de Mato Grosso na produção nacional é de 6%, sendo que a média dos últimos anos é de 10%. Segundo um dos palestrantes do evento, o diretor da Famato, Seneri Paludo, atualmente houve uma perda de produção do arroz, devido a uma série de acontecimentos. “As razões da queda de produtividade são muitas, como o desmatamento, perda de rentabilidade (câmbio-importação), aumento da importação de arroz no Brasil (Paraguai, Uruguai e Argentina), entre outras”, revela o diretor.

Seneri avalia que a estratégia para sair dessa situação é apostar na logística. “Se existir uma melhor qualidade de atendimento o Estado poderá estrategicamente produzir mais”.
“O futuro da produção agrícola em Mato Grosso está ligado também à recuperação de áreas degradadas e, os produtores têm ainda o desafio de integrar a lavoura e a pecuária, fazendo com que nos próximos dez anos a produção de arroz dobre com uma qualidade melhor”, ressalta Seneri.

O diretor menciona que os investimentos que precisam ser feitos para um aumento na qualidade no cultivo desse grão, são na tecnologia, políticas de apoio a comercialização e na atuação institucional.

Também na oportunidade, o Chefe da Embrapa Arroz e Feijão de Goiânia, Pedro Luís Oliveira de Almeida Machado, que proferiu a palestra: ‘Estratégias de produção sustentável do arroz de Mato Grosso’, ressaltou a importância da necessidade de aumentar a produção agrícola em 70% no país. “Existe uma grande insegurança alimentar, mas para fazer esse aumento da produtividade é preciso transpor as questões do alto custo do insumo, o produtor deve se adequar ao cenário ambiental e deve estar preparado para trabalhar junto ao aquecimento global, chuvas irregulares e a preservação e uso sustentável da biodiversidade”, explica Machado.

Pedro Luiz ressalta também que a agricultura sustentável é aquela que faz melhor uso dos recursos naturais. “Temos que usar a biodiversidade para produzir alimentos de qualidade sem prejudicar o meio ambiente”.

Machado revela ainda que a qualidade é e será o fator que mais agrega respeito ao produto. “O consumidor está disposto a pagar mais caro por um produto de melhor qualidade”.

As informações são de assessoria de imprensa.

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