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Setor agrícola defende menos carga tributária sobre produção

É preciso que a taxa de juro caia, o que permitirá, investimentos em infra-estrutura e logística


O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues defendeu nessa terça-feira (14-08), a adoção de incentivos fiscais como forma de reduzir a carga tributária que incide sobre a produção agrícola. Em audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, ele disse que a questão da tributação com ênfase para os incentivos fiscais é uma das quatro questões que precisam ser examinadas pelos parlamentares. As outras três são: juros, hedge para mercados futuros e investimentos em logística e infra-estrutura.

O ex-ministro disse durante sua apresentação que é preciso que a taxa de juro caia, o que permitirá, segundo ele, investimentos em infra-estrutura e logística. A redução também é boa para o governo. Em relação à redução tributária, o ex-ministro afirmou que ela pode compensar as perdas com o câmbio. Ainda segundo Rodrigues, os produtores não vão conseguir um "câmbio verde" ou algo diferente do que é oferecido a outros setores da economia. Ele admite, no entanto, que a valorização do real frente ao dólar faz o produtor perder em duas pontas: com o aumento dos custos de produção e a menor remuneração.

O presidente da Sociedade Rural Brasileira, Cesário Ramalho, também presente na audiência, diz que é grave a situação que se avizinha e acrescenta que houve valorização de 51% da moeda nacional entre janeiro de 2003 e julho de 2007. Ramalho diz ainda que a taxa efetiva da moeda brasileira frente a outras 16 moedas, com exceção do dólar, mostra que a valorização do real é superior às demais.

Já o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, apresenta estudos que mostram que a taxa de câmbio de equilíbrio para o preço histórico do trigo deve ser de R$ 3,48. Esse cálculo considera o valor de US$ 213,19 por tonelada, na paridade do trigo importado, posto na indústria; e o preço FOB histórico, mais a paridade de importação (R$ 426,37 por tonelada) e custo operacional de R$ 509,67 por tonelada. No caso do milho, a taxa de câmbio de equilíbrio deveria ser de R$ 2,81. O cálculo para o cereal considera o preço médio de exportação de US$ 114,84/tonelada. As informações são da assessoria de imprensa da Famato.

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