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Setor arrozeiro do RS espera novidades sobre endividamento e recursos

Dirigentes participaram de várias reuniões em Brasília (DF)


O setor arrozeiro gaúcho terá novidades na próxima semana, segundo apuraram o presidente Renato Rocha, o vice-presidente da Planície Costeira Interna, Daire Coutinho e o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP/RS), que agendou os encontros da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), em extensa agenda de compromissos cumpridos nesta terça-feira, em Brasília (DF). Os arrozeiros apresentaram as demandas do setor. Nesta quarta-feira, as apresentarão ao ministro da Agricultura Antonio Andrade.

Na próxima semana o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) também anunciará a liberação de recursos para a comercialização da safra 2012/13, conforme compromisso firmado na Abertura da Colheita do Arroz em Restinga Sêca.

O secretário nacional de Política Agrícola, Neri Geller, confirmou para a semana que vem uma reunião com bancos privados e de fábrica para tratar das renegociações de dívidas arrozeiras. Esta reunião terá a presença de representantes do Ministério da Fazenda e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). “É justo que o governo crie condições para os clientes de outros bancos, além do Banco do Brasil, sejam alcançados pela repactuação deste passivo”, diz Rocha. No Banco do Brasil, os dirigentes da Federarroz  conversaram com o diretor de Crédito Rural, Clenio Teribele, e confirmaram a liberação dos Empréstimos do Governo Federal (EGFs), cujo mecanismo passou por ajustes este ano. Também solicitaram a flexibilização das garantias dadas à Gerência de Reestruturação de Ativos (Gerat/BB) nas negociações dos arrozeiros.

Na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a reunião foi com o técnico Elias Carvalho de Camargos, assessor do diretor de operações e abastecimento, Marcelo de Araújo Mello e o superintendente de gestão de oferta Paulo Morceli, para solicitar uma reavaliação dos estoques privados e os volumes citados no quadro de oferta e demanda. A Federarroz aponta falha no levantamento dos estoques em 2011/12, com dupla contagem de volume colhido naquela safra e que também constou como estoque remanescente. A Conab irá avaliar a demanda dos arrozeiros e se posicionará em dez dias, prazo dado pela entidade.
  
AUDIÊNCIA PÚBLICA

Renato Rocha e Daire Coutinho participaram da Audiência Pública da Comissão da Agricultura da Câmara Federal na qual foram apresentadas propostas nacionais para o Plano Agrícola e Pecuário 2013/14. Na reunião, proposta pelo deputado federal Luís Carlos Heinze (PP/RS), que contou com a presença do Neri Gueler do Mapa e do João Pinto Rabelo Júnior do Ministério da Fazenda, a Federarroz sugeriu as seguintes medidas: juros de 3% para custeio, investimento e comercialização, acesso ao crédito para os arrozeiros - hoje somente 35% dos produtores têm acesso ao crédito oficial -, criação de uma Ouvidoria do MAPA para atender às reclamações dos produtores quanto a liberação dos financiamentos, valores do custeio ajustado aos custos de produção – atualmente em torno de R$ 4,5 mil por hectare -, regras para coibir a reciprocidade exigida pelos bancos na liberação dos financiamentos, vencimento de custeio em cinco parcelas – julho a novembro – e um programa de armazenagem específico para os arrozeiros.

São demandas da Federarroz um seguro renda englobando perdas de produção e de mercado, o retorno do Empréstimo do Governo Federal com opção de venda (EGF/COV), redução do custo do óleo diesel ao agricultor e análise fitossanitária do arroz importado. Ainda são metas do setor que o governo federal desenvolva uma campanha nacional de promoção do consumo de arroz, a desoneração tributária sobre os insumos, preço mínimo oficial igual ao custo de produção e mudanças nos critérios de liberação dos estoques públicos.

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