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Setor da carne quer crédito para engorda

Criar linhas de crédito para financiar a produção de alimento para engorda de animais


Criar linhas de crédito para financiar a produção de alimento para engorda de animais, sua retenção e terminação nas propriedades. Essa é a proposta do Sindicato das Indústrias de Carnes do Rio Grande do Sul (Sicadergs) para contornar prejuízos provocados pela exportação de gado em pé, apresentada ontem ao governador Germano Rigotto, em seu gabinete. Na avaliação do presidente da entidade, Mauro Lopez, além de agravarem a escassez de matéria-prima para abate, os embarques afetam o próprio Estado, que isenta a operação de tributos. "A idéia não é cancelar as vendas, mas criar mecanismos para que o problema seja atenuado." O secretário da Agricultura, Odacir Klein, disse reconhecer que a operação não gera valor agregado ao Estado. "Não temos como proibir as exportações. Vamos, porém, estimular a permanência de terneiros no RS." Segundo ele, na próxima semana haverá reunião com a cadeia para discutir os mecanismos ideais.

Conforme o diretor técnico do Sicadergs, Zilmar Moussalle, a ociosidade do setor frigorífico passou de 35% para 45% desde o início da estiagem. "Já não há mais gado para ser abatido." O dirigente entregou a Rigotto um cálculo sobre as perdas decorrentes da exportação. "Se o terneiro for alimentado aqui por 14 meses, vai vender com 150 quilos. Engordando, vai atingir 480 quilos e essa diferença deixa-o pronto para abate 200% mais pesado."

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