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Setor de florestas plantadas vive bom momento no país

O país é hoje líder de mercado nesse setor


Várias novidades tecnológicas do setor foram apresentadas em uma feira de produtores na região de Campinas

O momento da silvicultura no Brasil nunca foi tão bem representado, o caminho da produção das florestas plantadas está aberto para o desenvolvimento. Segundo o professor de silvicultura da UFPR, Ricardo Ancelmo Marinovisk, o país é hoje líder de mercado nesse setor: "O desenvolvimento das florestas no Brasil, em função das condições climáticas, do tipo de solo, é fantástico e incomparável aos outros países".


E dois estados saíram na frente nessa corrida. Minas Gerais tem a maior área plantada de eucalipto do país, responde por 29% do total. São Paulo vem em seguida com 23%. Nos próximos cinco anos a Associação de Produtores de Florestas Plantadas prevê um investimento de R$7 bilhões no setor. O otimismo é tanto que pela primeira vez foi organizada uma feira específica para produtores de florestas plantadas do Brasil. Mais de 120 expositores de todo o país trouxeram para Mogi Guaçu, interior de São Paulo, novidades em máquinas e tecnologias que devem ajudar a melhorar a vida no campo. O grande diferencial do evento é que tudo foi realizado dentro de uma área de floresta.

Leonard Scofield dos Santos, diretor de marketing, trouxe de Curitiba colheitadeiras automatizadas que conseguem transformar a floresta em toretes: "Ela corta, derruba, desgalha e descasca". A tecnologia é tanta que antes de subir na máquina o operador faz um treinamento em simuladores virtuais. As cabines são climatizadas, os ajustes são feitos por computador e o corte de uma floresta inteira fica na pontas dos dedos de quem a controla. Ao colher, limpar e plantar, o trator faz o trabalho de 18 pessoas.

Para economizar água, o destaque é um gel que funciona como se fosse uma caixa d'água no pé da muda. Dependendo da variedade da planta, nos períodos de chuva é possível até eliminar a irrigação. O gerente comercial Loremberg Fernandes de Moraes explica como isso ocorre: "A planta vai tomando conforme sua necessidade, isso faz com que você consiga espaçar a irrigação, tem uma menor mortalidade de mudas e você consegue programar melhor o plantio para que o seu plantio não fique junto com de todo mundo".


Entre os acessórios para máquinas, há pneus desenvolvidos para o uso florestal e correntes que aumentam a segurança do transporte. O expositor Giuseppe Rosa destaca as melhorias que esses equipamentos proporcionam: "Tem economia de combustível, melhor desempenho, enfim, cumpre a função do equipamento com melhor ajuste".

De olho no mercado, Steve Heap veio dos Estados Unidos há dois anos e se instalou em Valinhos, na região de Campinas. Ele aposta na expansão do mercado: "Temos visto um mercado muito forte tanto na área de reciclagem quanto de biomassa, e também na área de manejo de árvores em áreas urbanas". Para o professor da UFRP, nossa tecnologia, atualmente, é talvez maior ou equivalente aos países desenvolvidos no setor de florestas plantadas.

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