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Setor do fumo volta a negociar preço


Fumicultores e fumageiras se reúnem hoje na Fetag. Produtor pede reajuste de 30%. Indústria oferece 26%.

As entidades que representam os fumicultores e o Sindifumo voltam a se reunir hoje, às 14h, na sede da Fetag, em Porto Alegre, para tentar um acordo sobre o preço a ser praticado na safra 2002/03. Será a quarta reunião entre Sindifumo, a Afubra e as federações dos trabalhadores na agricultura dos três estados do Sul com esse propósito. Os produtores insistem em 30% de reajuste em relação ao valor pago na safra anterior, e a indústria oferece acréscimo de 26%. O presidente da Afubra, Hainsi Gralow, está otimista quanto à assinatura de protocolo definindo as regras da safra. 'A concordância da indústria em realizar nova reunião representa um indicativo de que irão melhorar a proposta.'

No último encontro, em Florianópolis (SC), surgiu a hipótese de cada empresa negociar em separado com produtores integrados, com o pagamento acima dos 26% propostos. Segundo ele, o Sindifumo quer mais prazo para conciliar todas as empresas em torno de uma nova proposta de caráter único. Diante disso, os fumicultores decidiram esperar antes de seguir com a negociação individual. Para Gralow, caso seja possível um acordo, todos os fumicultores serão beneficiados com um percentual maior e não só parte da categoria. Além da tabela de preço, resta negociar itens, como a limitação na cobrança de juros sobre as dívidas.

O presidente do Sindifumo, Cláudio Henn, disse que nova proposta de negociação de valores estava em andamento ontemà tarde e faltavam pequenas pendências para a conclusão.'Não houve contatos paralelos individuais entre produtores e indústrias, pois a idéia não ganhou a simpatia de nenhuma das partes.' Os 3% a mais oferecidos na semana passada, comparado à proposta anterior não foi colocado em prática pela indústria. A diferença que for acertada, afirma, será paga ao fumicultor que já entregou o produto. 'Até agora, 20% do tabaco já foi comercializado.' Do tipo Virgínia, a entrega é de 20% e no Burley, 10%. Pela proposta da indústria, o quilo da classe BO1, a mais valorizada, passa a R$ 4,10, e a arroba, a R$ 61,50. A classe TO2, que serve de parâmetro, passa a valer R$ 3,29 o kg e R$ 49,35 a arroba.

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