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Setor espera crescimento em 2012

Consumo no mercado interno e abertura das exportações para a China são bem-vindos


Na avaliação da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), a suinocultura no país encerrou 2011 apresentando um bom desempenho, podendo ser considerada ótima, não fosse o problema do embargo russo. As informações são do presidente da entidade, Pedro de Camargo Neto. Na avaliação dele, o ponto forte de 2011 para o setor foi o mercado interno, que trouxe sustentação, ainda que os custos tenham se mostrado muito elevados devido ao preço do milho.


De acordo com a Abipecs, o setor encerrou o ano com uma produção de 3,5 milhões de toneladas, com incremento de 4,9% frente a 2010. Já para 2012, é esperado um crescimento da produção mais lento que no ano passado, na ordem de 2% a 3%, embora com uma demanda interna aquecida. Há também a expectativa de que haja uma recuperação nos preços e uma leve retração nos custos, por conta de um abastecimento de milho mais efetivo, trazendo uma recomposição das margens de comercialização.

Em termos de mercado externo, o setor espera que em 2012 seja possível voltar a exportar para a Rússia, bem como ampliar as vendas de carne suína também à China. O anúncio da abertura do mercado chinês para a carne suína brasileira foi bem recebido pelos suinocultores mato-grossenses, embora haja uma certa preocupação com relação á lojística.

O diretor executivo da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Custódio Rodrigues de Castro, avalia ser extremamente positivo para o Estado esta nova abertura de mercado. Ele explica que Mato Grosso já é um exportador de carne suína em potencial, por isso está pronto para qualquer desafio.


Segundo o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), em reunião em Pequim, o ministro da  Administração-Geral de Qualidade, Inspeção e Quarentena da China, Zhi Shuping, informou ao ministro brasileiro  Wagner Rossi a aprovação inicial de três frigoríficos nacionais exportadores de suínos. O Brasil venderá o  produto pela primeira vez para a China e a liberação ocorre cinco meses depois da vinda de missão chinesa para inspecionar 13 indústrias frigoríficas brasileiras.

Em Mato Grosso, o setor enfrenta uma certa queda. Os preços ao produtor estão cerca de 30% menores e o custo de produção subindo com a valorização do milho e do farelo de soja. A despesa na produção é de até R$ 2,10 por quilo de suíno vivo, quando o preço médio de venda de R$ 2,01. Se não bastasse o problema do embargo dos russos à carne mato-grossense, os produtores enfrentaram em 2011 a alta no preço do milho, que consequentemente elevou os valores do custo da produção. O preço da saca de milho chegou a ser comercializado entre R$16,00 a R$18,00 inviabilizando a produção de suínos no Estado. Se o governo não interferir para que o milho seja vendido mais barato aos produtores ficará difícil para o setor, já que o preço da carne vem caindo nos últimos meses.

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