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Setor lácteo estuda apoio ao preço


A Comissão Estadual do Leite da Fetag reúne-se na próxima segunda-feira para avaliar a proposta da Farsul, de suspender a entrega de leite para a indústria por dois dias. No encontro, conforme o assessor de política agrícolas da entidade, Airton Hochscheid, serão definidas as estratégias do setor na tentativa de melhorar o preço pago. "Não podemos tolerar que um produtor ganhe R$ 0,27 e outro, R$ 0,62, por leite da mesma qualidade", critica.

Os valores projetados para o pagamento de outubro, definidos na reunião do Conseleite desta semana, aumentaram em relação ao mês anterior. O produto abaixo do padrão deve ser vendido por R$ 0,4519, o médio deve ficar em R$ 0,5021 e o acima do padrão, R$ 0,5774. Para Hochscheid, uma recuperação tímida. "Os estoques da indústria estão de médios para baixos e isso é resultado do desestímulo do produtor. Acredito que a tendência seja que a oferta, este mês, seja ainda menor", conclui.

Na tentativa de resolver o problema, o presidente da Coorlac, Gervásio Plucinski, sugere o anúncio de leilões para garantir o pagamento de no mínimo R$ 0,55 por litro. "O governo está disposto a subsidiar até dez centavos por litro, num investimento de R$ 100 milhões, desde que as empresas garantam o repasse ao produtor", diz Plucinski. A queda no preço do leite está relacionada à conjuntura de preços no primeiro semestre, que estavam "fora da realidade". Por isso, o Brasil teve dificuldade de colocar o leite no mercado externo, houve aumento da produção e frustração na previsão de alta no consumo.

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