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Setor produtivo se reúne na Embrapa para validar zoneamento agrícola

Embrapa detém a tecnologia e conhecimento de clima e outras características produtivas das principais culturas no MS


Embrapa detém a tecnologia e conhecimento de clima e outras características produtivas das principais culturas no MS

O setor produtivo da região Sul de Mato Grosso do Sul esteve reunido na terça-feira, 20 de setembro, na Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS) para realizar a validação das informações que farão parte do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), um instrumento técnico-científico de política agrícola e de gestão de riscos na agricultura. O trabalho de validação está sendo feito em relação a definição da viabilidade técnica da safra de milho 2017 e da safra de soja 2017/18. As informações coletadas durante a reunião serão analisadas e submetidas ao Mapa, responsável pela publicação da versão final do zoneamento no Diário Oficial.

"Essa é uma etapa inédita na metodologia de realização do Zarc e que antecede a publicação no Diário Oficial. Assim, o setor produtivo tem a oportunidade de sugerir alterações e formas de apresentação dos resultados", explica o Superintende Federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no Mato Grosso do Sul, Celso de Souza Martins.

Celso explica que  a participação de instituições representativas do setor produtivo do Sul do Estado nessa reunião vai contribuir para refinar as informações de modo a melhor adequá-las à realidade climática do campo. "Essa reunião caracteriza-se como um momento inédito e um importante passo para melhorias no ZARC da região. A passagem da responsabilidade de  atualização das informações do ZARC como uma das atribuições da Embrapa significa um avanço muito grande para a região. A Embrapa detém tanto tecnologia como conhecimento de clima e outras características produtivas das principais culturas do Estado. Esse foi um importante momento de aproximação entre a realidade e a potencialidade produtiva das cultivares nas diferentes regiões do MS", disse Martins.  

O pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Carlos Ricardo Fietz, explica que a coordenação desse trabalho nacional está sendo feita pela Embrapa Informática Agropecuária (Campinas/SP), que conta com a participação de diversas Unidades da Embrapa. Vamos encaminhar as sugestões do grupo para Campinas, que irá fazer a avaliação da pertinência ou não das mesmas.

Fietz explica ainda que o Zarc é uma ferramenta muito útil e dinâmica. "O Zarc é uma ferramenta de análise e como tal necessita de atualização constante, inclusive com a inserção de parâmetros de novas cultivares, com ciclos e comportamentos diferentes culturas e variedades. Não é estática e nunca vai ficar pronta, demanda pesquisas e atualizações constantes", explica Fietz.

O pesquisador destaca ainda que o Zarc leva em consideração, de forma ampla, inúmeros aspectos regionais, tais como: variabilidade climática, solo, características ecofisiologicas da culturas e quantificação do risco de cada época de semeadura para cada região. "Essas informações contribuem com o aumento da produtividade das lavouras e também com a redução de perdas e racionalização do crédito agrícola", acrescenta Fietz.

Saiba mais 

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) é uma ferramenta que indica ao produtor qual é a melhor época para se realizar o cultivo em cada região. Foi desenvolvido, pela Embrapa, para oferecer mais segurança e eficácia ao trabalho dos produtores rurais. Os dados do Zarc são publicados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com o objetivo de prever a possibilidade de haver danos em plantios agrícolas devido a condições climáticas e geográficas, proporcionando redução nas perdas agrícolas.  O sistema gera calendários de plantio e uma relação de municípios que indicam quando e onde uma determinada cultura terá mais produtividade. 

O Zarc teve inicio em 1996, com o zoneamento do trigo, elaborado pela Embrapa. Atualmente, esse referencial de garantia de produção para o setor conta com 44 culturas, dentre anuais e perenes, em todo o Brasil. Ele destaca os riscos mais relevantes para essas culturas, levando em cosideração: deficiência e/ou excesso hídrico, chuvas na colheita, temperaturas extremas muito altas ou muito baixas. Para elaborar os mapas que compõem o Zarc, são levados em consideração dados como: precipitação (chuva), temperatura máxima, mínima e média (diárias), consumo hídrico (representado pela evapotranspiração, ou seja, evaporação do solo e mais a transpiração da cultura).

Para consultar indicações de datas de plantio do ZARC, veja as portarias disponíveis na página do Zoneamento Agrícola do Portal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

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