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Setor sucroalcooleiro do Nordeste propõe investimento na distribuição de álcool


Os empresários do setor sucroalcooleiro do Nordeste apresentaram à empresa Transpetro, subsidiária da Petrobras para o transporte de combustível, um projeto para a construção de um álcoolduto na região. A idéia do setor é investir em logística de distribuição de álcool na região para aproveitar o bom momento do produto no mercado internacional e deslanchar as vendas no exterior.

Buscando viabilizar o projeto, o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar), Renato Cunha, e o presidente da entidade regional dos Fornecedores de Canas da Região (Unida), Gregório Maranhão, entregaram à Petrobras um documento com os detalhes da obra, que consideram imprescindível para nivelar as oportunidades do segmento com as do Centro-Sul, onde a Petrobras já anunciou investimentos e parcerias no setor do álcool que podem chegar a US$ 200 milhões.

"O Nordeste não pode ficar de fora desses investimentos. Queremos disponibilizar a alternativa do Nordeste para a Transpetro. O nosso projeto é consistente e vai garantir uma redução do custo Brasil para os produtores e os importadores de etanol", explica Renato Cunha.

A proposta inicial dos empresários é de construir um álcoolduto ligando os portos de Suape, no litoral sul de Pernambuco, com o porto de Cabedelo, ao norte de João Pessoa, na Paraíba. A obra teria uma extensão de 400 quilômetros com 60 metros de distância do litoral ao interior dos estados.

Construção estratégica:

"O álcoolduto é estratégico para o País. O ideal é que o Governo Federal não se restrinja à logística do etanol só no Centro-Sul. Os japoneses também estão nos visitando, mas a prioridade de construção e exploração deveria ser do sistema de minas e energia", defende Cunha. Ele explicou que numa segunda etapa, o álcoolduto ligaria os portos de Maceió, em Alagoas, com o de Suape, criando-se um sistema costeiro interligando os estados mais produtores de álcool da região.

Na avaliação dos empresários do setor sucroalcooleiro do Nordeste, o álcoolduto vai reduzir os custos nas operações de distribuição, além de facilitar as exportações de álcool para o exterior e para as operações de cabotagem entre as regiões Nordeste e Centro-Sul.

A construção do duto também representaria uma melhora na distribuição de álcool para os Estados da Bahia e Ceará, importadores do produto. Renato Cunha afirma que o Brasil tem que potencializar a logística de suas duas épocas de safra. O presidente do Sindaçúcar-PE comenta que através do álcoolduto o Nordeste poderia exportar uma quantidade superior a um bilhão de litros de álcool.

"Isso representaria um volume total de cerca de US$ 400 milhões em divisas para o País. O produto seria comercializado por mais de 80 usinas e destilarias da região. A construção poderia ser em módulos e os recursos da Cide poderiam ser alocados na construção do álcoolduto", lembra.

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