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Simpósio internacional na Escócia destaca uso do extrato pirolenhoso

A pesquisadora, que é mineira, apresentou painel na semana passada, durante o 6º Simpósio Internacional de Energia Química e Mecânica, realizado na Escócia.


O extrato pirolenhoso, obtido através da condensação da fumaça de fornos de carvão, foi o tema de um estudo desenvolvido pela doutoranda da Universidade Federal do Paraná, Sueli Miranda dos Santos. A pesquisadora, que é mineira, apresentou painel na semana passada, durante o 6º Simpósio Internacional de Energia Química e Mecânica, realizado na Escócia. Com o tema "Produção de carvão: desafio social e ambiental através do aumento de rendimentos para a pequena e média produções", o trabalho deve ser publicado, em breve, em periódico sobre o evento.

A pesquisa aborda a experiência do aproveitamento do extrato pirolenhoso por produtores de mudas e citros de Pareci Novo, no Vale do Caí. "No município, cerca de 50 agricultores têm utilizado o composto, com excelentes resultados alcançados", destaca a engenheira agrônoma da Emater/RS-Ascar, Miriam Trevisan. A extensionista salienta o fato de o produto não agredir o meio ambiente, podendo ser aplicado nos mais variados cultivos. "Além de promover a redução do uso de produtos químicos, diminui a ação de pragas e desenvolve mais efetivamente cada planta", observa.

O assistente técnico regional (ATR) em Carvão Vegetal da Emater/RS-Ascar, Fábio André da Encarnação, celebra o fato de o produto ter alcançado, via pesquisa, o Velho Continente. Encarnação explica ainda que o extrato não apresenta toxidez, mas deve ser aplicado adequadamente para cada finalidade - seja para a produção de plantas, olerícolas, citros ou outros. "Quando usado corretamente, o extrato revigora o solo, estimula a multiplicação de microorganismos benéficos à planta, acelera a decomposição de matéria orgânica, aumenta a assimilação de nutrientes e impede o crescimento de pragas e doenças", enfatiza.

Ainda assim, para a aplicação do extrato, Miriam ressalta a importância de que este seja realizado com acompanhamento técnico. "Para o caso do enraizamento devem ser utilizados 10 litros de água para cada 14 mililitros do produto, que devem ser aplicados com regador", exemplifica. "O uso incorreto pode queimar a planta, resultando em processo inverso", observa a agrônoma. Agricultores interessados em conhecer mais sobre a técnica podem procurar o Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Pareci Novo ou ligar para o telefone (51) 3633-9131.

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