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Sindicato aposta no uso de aviões para combater dengue em áreas de epidemia

Para o diretor técnico do Sindag, Eduardo Araújo, a entidade está convencida de que o uso de aviões agrícolas pode controlar em, no mínimo, 90% a proliferação do mosquito da dengue


Para o diretor técnico do Sindag, Eduardo Araújo, a entidade está convencida de que o uso de aviões agrícolas pode controlar em, no mínimo, 90% a proliferação do mosquito da dengue, em cidades atingidas por epidemias da doença. Sem danos para pessoas, animais ou ao meio ambiente. Tanto que tenta convencer o Ministério da Saúde a testar a idéia em áreas-piloto. “Já há regulamentação para isso por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Falta a Saúde aprovar o projeto”, contou Araújo, na palestra que abriu os trabalhos do Congresso Sindag, em Foz do Iguaçu, em julho deste ano.

Segundo o diretor, a idéia não é novidade, já que um projeto semelhante foi utilizado em 1975, no litoral paulista. "Na época, havia um surto de encefalite causada por um mosquito semelhante ao da dengue. Foram apenas três aplicações, que eram semanais. Trinta dias depois da terceira, foi registrado o último caso de encefalite na região", recordou Araújo. Na época, a população de mosquito foi exterminada em 90%, sem danos para o meio ambiente.

"Uso de aviões para combater vetores de doenças em áreas urbanas é comum nos Estados Unidos e, especificamente contra a dengue, tem sido usada em larga escala na Colômbia e em Cuba." Outro ponto colocado por Araújo é que o produto utilizado neste caso já tem registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como saneante de uso urbano. O mesmo utilizado nos fumacês (veículos que fazem aplicação da rua, em direção às casas), que ainda atuam nas cidades.

Veneno - Enquanto não se autoriza a aplicação de saneantes nas cidades nas áreas de epidemias (onde a aplicação aérea é indicada), a própria população leva veneno para dentro de suas casas. "Além dos inseticidas aerosóis, é comum em áreas mais pobres as pessoas irem ao armazém comprar uma embalagem de veneno, muitas vezes de origem duvidosa e sem controle dos órgãos de saúde, para colocar nas bombas manuais popularmente conhecidas como ‘flit’ e aplicar dentro de casa", comentou Araújo. O que, segundo ele, aí sim, gera dano às pessoas, animais e ao próprio meio ambiente. As informações são da assessoria de imprensa do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola.

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