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Sindigev aponta que margens de agroquímicos devem apresentar queda

Em 2017 as vendas de agroquímicos caíram 7% em relação à 2016


Dados divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) na quinta-feira (14.06), indicam que as margens de lucro dos agroquímicos devem ter queda nesse ano, sobretudo no segundo semestre. A recessão é impulsionada por leis ambientais mais rígidas e pela valorização do dólar em relação ao real. 

A alta na moeda norte-americana, inclusive, também encarece as importações das matérias-primas vindas da China, o que dificulta ainda mais as compras brasileiras que já vinham sofrendo com a menor oferta e os preços mais altos impostos pelos asiáticos. Silvia Fagnani, diretora-executiva da Sindigev, estima que o valor dos produtos importados dos chineses subiu cerca de 20% e afirma que as expectativas são de que eles valorizem ainda mais nos próximos meses. 

De acordo com informações da Sindigev, o setor já havia sofrido uma queda de 7% no ano passado ante 2016. Com as vendas dos defensivos somando US$ 8,89 bilhões, a  indústria de agroquímicos enfrentou problemas decorrentes dos altos níveis de estoques nas redes de distribuição, que acabaram pressionaram as margens e reduzindo, consequentemente, a comercialização dos produtos. 

Nesse ano a previsão da entidade é de que as vendas atinjam os US$ 9 bilhões. Apesar disso, segundo Fagnani, a elevação dos custos de produção deve manter as margens apertadas e uma piora nesse cenário não pode ser descartada já que a situação depende muito da volatilidade cambial que será provocada pela chegada das eleições presidenciais em outubro. "O que está sendo embarcado agora vai chegar entre agosto e setembro e só será faturado na cotação do dólar da chegada", finaliza a diretora do Sindiveg. 

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